Em razão da estiagem prolongada que afeta o Estado do Rio de Janeiro, o sistema de abastecimento de água de Macaé, no Norte Fluminense, está em estágio de alerta. A ausência de chuvas tem causado redução na disponibilidade hídrica do manancial utilizado para captação e tratamento de água. O sistema ainda opera com sua capacidade máxima, mas caso a estiagem continue, existe o risco de redução da produção.

Até que o regime de chuvas se normalize, a Cedae, empresa responsável pelo abastecimento, pede aos consumidores que usem água de forma moderada, adiando tarefas não essenciais que demandem grande consumo. A companhia segue monitorando o nível dos rios.

Problema também afeta outas cidades

A Cedae anunciou na última terça-feira que os sistemas Imunana-Laranjal, que atende o Leste Metropolitano do Rio, e Acari, que abastece parte da Baixada Fluminense, estão em estágio de alerta. A estiagem levou a Prefeitura de Angra dos Reis a decretar emergência hídrica na cidade. Em Mangaratiba e Itaguaí, o fornecimento de água também foi afetado.

A prefeitura de Angra dos Reis, na Costa Verde, decretou estado de emergência hídrica por 90 dias. A medida, publicada na última segunda-feira (9), tem como objetivo evitar o desabastecimento de água na cidade. Segundo a prefeitura, a partir do decreto, algumas ações serão tomadas em caráter emergencial, como a contratação de caminhões-pipa e bombas de água. O poder público municipal também conseguiu autorização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para captação de água em mais rios. Até que a situação se normalize, está proibida a lavagem pública ou particular de embarcações, fachadas de imóveis, ruas, telhados, paredes, calhas e garagens, bem como regar jardins e plantas e encher ou esvaziar piscinas.

Em Guapimirim, na Região Metropolitana o cenário é de emergência. Os índices pluviométricos ficaram abaixo da média registrada em cinco dos últimos seis meses. De abril a setembro o índice de chuva foi o menor registrado em toda a série histórica da cidade para o período. Seta é a pior estiagem já enfrentada no município, com impactos diretos no aumento da incidência de fogo em vegetação, redução da qualidade do ar e da umidade relativa, e queda acentuada no volume dos corpos hídricos em toda a região.

Reservatórios dentro da normalidade

Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), os três reservatórios de maior porte utilizados (Funil, Lajes e Juturnaíba) usados, direta ou indiretamente, para o abastecimento público do estado do Rio de Janeiro estão dentro da normalidade. O órgão ressalta que nesta época do ano, como não são registrados volumes significativos de chuva, são esperados e observados níveis mais baixos nos rios e reservatórios.

Fonte: Jornal O Globo