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A convenção do União Brasil lançando o nome da ex-delegada Madeleine como candidata a prefeita contou com apoio de diversos personagens conhecidos na política campista.
Juntaram-se ao deputado Rodrigo Bacellar, no apoio a Madeleine, Geraldo Pudim, Rafael Diniz, Sérgio Mendes, Alexandre Mocaiber e até mesmo o ex-governador Sérgio Cabral.
Um famoso membro do grupo de oposição liderado por Bacellar afirma que “outros grandes nomes estão por vir. É só o começo”.
A Polícia Federal de Campos abriu um inquérito para investigar um esquema de compra de votos envolvendo pastores da cidade. A suspeita é de que líderes religiosos estariam recebendo pagamentos mensais, apelidados de “documento”, em troca de apoio político às campanhas da Delegada Madeleine e do vereador Marquinhos Bacellar.
A denúncia foi apresentada por Thiago Virgílio, que trouxe à tona áudios de um grupo de WhatsApp onde pastores reclamavam do atraso nos pagamentos, que deveriam ocorrer entre os dias 15 e 20 de cada mês. O esquema estaria ativo desde janeiro de 2024, e as investigações se baseiam em possíveis crimes previstos no Código Eleitoral.
A Polícia Federal já realizou diligências para reunir mais provas, incluindo a análise de redes sociais e presença em cultos dos pastores citados. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os envolvidos poderão responder por corrupção eleitoral.
Há muito tempo que analistas políticos, pesquisadores e público em geral reconhecem que a família Garotinho mantém a hegemonia nos rumos da cidade e região, com intervalos bem específicos, todos eles proporcionados por grupos derivados da esfera de influência dos Garotinhos, com exceção para o mandato de Rafael Diniz.
Assim, não é errado dizer que, seja com os próprios Garotinhos, seja por seus adversários, que antes eram aliados, a política local girou em torno deles.
Como convém a todo grupo com essa característica, esses campos que se tornaram antagônicos aos Garotinhos já foram e permanecem inimigos, enquanto outros voltaram ao convívio com o clã.
Mas um detalhe chama a atenção, se olharmos as manobras bem sucedidas do atual prefeito Wladimir Garotinho, em busca de sua reeleição.
O atual prefeito conseguiu filtrar esses apoios, e trouxe para seu lado grupos que podem ser chamados de vitoriosos, e por isso mesmo, poderiam representar algum tipo de incômodo na caminhada eleitoral, e talvez, na montagem e funcionamento do próximo governo.
Dentre estes, o destaque fica para o clã Vianna, onde o patriarca Arnaldo Vianna conseguiu, em 2020, o feito de dar ao seu filho Caio uma votação memorável.
Já a candidatura do grupo de oposição tentou reunir ao seu lado os adversários dos Garotinhos, e ali, destacam-se três ex-prefeitos, cujo histórico não autoriza dizer que eles possam ajudar em algo.
Sergio Mendes, Alexandre Mocaiber e Rafael Diniz, juntos, não somam um “copo”, considerando suas dimensões eleitorais atuais.
Ao mesmo tempo, seus governos são lembrados como catástrofes gigantescas, e no caso de Rafael Diniz, a lembrança do caos trazido por ele é um dos grandes cabos eleitorais do atual prefeito, mesmo quase 04 anos depois.
É possível dizer que na feira eleitoral, a candidata do grupo de oposição ficou com a “xepa” da política local, seja na avaliação do que fizeram, quando tinham mandatos, seja pela total irrelevância de hoje em dia.
É muito difícil que exista uma campanha vencedora onde haja tantos derrotados.
