Por meio de uma parceria entre a Prefeitura e a Universidade Estácio de Sá, serão beneficiadas crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que integram o projeto Movimento é Vida/Esporte é Vida


A partir do dia 2 de setembro, crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA) que integram o projeto Movimento é Vida/Esporte é Vida, implantado há 3 anos em Campos pela Prefeitura, passarão a realizar atividades aquáticas. Uma grande parte dessas crianças, com idade entre 4 e 8 anos, já faz a psicomotricidade no solo, cujas aulas acontecem na sede do projeto Movimento é Vida/Esporte é Vida, na Fundação Municipal de Esportes (FME), desde o lançamento em 15 de junho deste ano.

A psicomotricidade aquática ocorrerá por meio de uma parceria com a Universidade Estácio de Sá, que cedeu a piscina para as aulas. O lançamento oficial aconteceu neste sábado (24), no auditório da universidade, com a presença da primeira-dama, Tassiana Oliveira. Também estavam presentes o coordenador do Movimento é Vida/Esporte é Vida, Cristiano Nicolau, e a professora Patrícia Gaudard, que coordena os professores e monitores que atuam no projeto de psicomotricidade.

A coordenadora da Educação Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Raquel Linhares, representou a secretária de Educação, Tânia Alberto, e o professor Leandro Costa, a direção da Estácio de Sá. O evento foi prestigiado, ainda, pelo diretor-geral do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro, Carlos Boynard, além de pais de crianças portadoras do TEA.

Professora de Educação Física, Gabriela Pessanha ministrou palestra sobre a importância da psicomotricidade para a melhoria das habilidades motoras, interação social, desenvolvimento emocional e autonomia dos menores.

A primeira-dama, Tassiana Oliveira, falou da sua alegria em ver o poder público e o privado unidos em prol de toda uma cidade. “Esse é um projeto que não vai beneficiar apenas as crianças, mas toda a família. Digo sempre que essas mães são guerreiras e que tenho aprendido muito ao lado de vocês. Sei dos desafios diários e da entrega por essas crianças que merecem todo o carinho e respeito. Quando as pessoas buscam conhecer a causa, elas não julgam. Você entende que aquela criança ali, às vezes, está mais animada, falando num tom mais alto, porque ela está fora do seu ambiente. Assim, você não julga, você ajuda”.

Já o coordenador do Movimento é Vida/Esporte é Vida, Cristiano Nicolau, parabenizou os pais das crianças que integram o projeto por estarem sempre buscando alternativas para que a causa avance, assim como os profissionais que atuam no Esporte é Vida. “Dificilmente vamos encontrar uma equipe com tanta disposição para trabalhar. Ninguém consegue ficar parado. Nos reunimos constantemente em busca de soluções”.

Entre os pais, a expectativa pelo início das aulas aquáticas é grande. É o caso da professora Juliana Lins de Souza, 38 anos, cujo filho Ravi, de 5 anos, será um dos alunos da psicomotricidade aquática. “Como meu filho gosta muito de água, acredito que vai fazer muito bem para ele. O esporte é bom em qualquer idade e ajuda na questão comportamental e interação”.

A professora Patrícia Gaudard disse que o projeto de psicomotricidade no solo e, agora, a aquática, é a realização de um sonho. “É um ambiente prazeroso para as crianças, um ambiente atrativo, com o qual a gente vai trabalhar inúmeras potencialidades, como autoconfiança e independência”. Atualmente, segundo Patrícia, 55 menores integram o projeto de psicomotricidade no solo.

“Vamos iniciar as aulas aquáticas com 25 alunos, mas abriremos vagas para novos alunos a partir de setembro”, disse ela, ressaltando que as inscrições devem ser feitas na sede da Fundação Municipal de Esportes, na antiga AABB. “Apenas as aulas serão realizadas na Estácio de Sá”, acrescentou. O Movimento é Vida/Esporte é Vida possui atualmente 37 núcleos, atendendo, de Conselheiro Josino a Farol de São Tomé, 13 mil pessoas cadastradas.