“Janeiro Roxo” visa sensibilizar e combater o estigma da hanseníase
O “Janeiro Roxo” é um mês dedicado à conscientização sobre os cuidados e a prevenção da hanseníase. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, enfatiza a relevância do diagnóstico precoce e do tratamento gratuito oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A doença é curável, e o tratamento adequado pode evitar sequelas. A campanha busca esclarecer e combater o preconceito relacionado à enfermidade, provocada pela bactéria Mycobacterium leprae.
O ápice do “Janeiro Roxo” ocorre no Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado no último domingo do mês, que em 2025 foi no dia 26. Edilbert Pellegrini, diretor do programa, destaca a importância do diagnóstico precoce e da educação em saúde para desmistificar a hanseníase, que, ao longo da história, foi cercada por preconceitos. Para ele, disseminar informações corretas é essencial para combater o estigma e garantir que as pessoas busquem o tratamento adequado. Essa conscientização pode ajudar a modificar a visão sobre a doença e incentivar mais indivíduos a se informarem e cuidarem da saúde.
“A hanseníase é uma condição crônica que afeta principalmente a pele, os nervos, o nariz e os olhos. Embora ainda desperte medo e preconceito, é fundamental lembrar que ela tem cura e tratamento gratuito. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o início do tratamento, menores as chances de complicações”, ressaltou o médico.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS
Embora a doença seja transmitida por gotículas de saliva ou secreções nasais, em contato prolongado com uma pessoa doente que ainda não está em tratamento, Edilbert destaca que a maioria das pessoas possui resistência natural à bactéria, tornando a transmissão pouco provável. Assim que o tratamento começa, o paciente deixa de transmitir a doença.
“A hanseníase pode se manifestar de diversas formas. Portanto, se você perceber sintomas como manchas na pele, que podem ser esbranquiçadas ou avermelhadas, com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor ou toque; dormência ou formigamento, especialmente nas mãos e pés; fraqueza muscular; áreas do corpo com menor quantidade de pelos ou suor; e caroços (nódulos) que podem ser avermelhados e dolorosos, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) o quanto antes. Detectar a doença precocemente é fundamental para evitar complicações, como incapacidades físicas”, orientou.
TRATAMENTO
O tratamento da hanseníase é gratuito, oferecido pelo SUS, e tem duração média de seis meses a um ano, sem interrupção. Além das UBS, o Programa Municipal de Controle da Hanseníase realiza atendimento no Centro de Referência Augusto Guimarães, localizado na Estrada do Santa Rosa, no Parque Santa Clara, anexo ao Hospital Geral de Guarus (HGG), com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiro, técnico de enfermagem, assistente social, psicólogo e fisioterapeuta. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
A Secretaria também realiza o teste imunocromatográfico (teste rápido) para pessoas que convivem ou conviveram nos últimos cinco anos com alguém diagnosticado com hanseníase. Para esses contactantes, o atendimento é feito nas UBS da Penha e Tocos, além das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) do IPS, Parque Imperial, Lagoa de Cima e Ponta da Lama. O exame para contatos visa verificar se a pessoa possui anticorpos contra Mycobacterium leprae.
“Os medicamentos, fornecidos pelo Ministério da Saúde, são distribuídos gratuitamente. Não é necessário internação, e o acompanhamento médico contribui para evitar sequelas e melhorar a qualidade de vida. Cuide de sua saúde e incentive outros a fazerem o mesmo”, aconselhou.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes