O prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, apresentou uma representação ao Ministério Público contra Cristiano Dykeman, policial civil e marido de Madeleine Dikeman, candidata a prefeita do município. A denúncia se baseia em mensagens postadas por Dykeman no aplicativo de mensagens WhatsApp.

Dykeman publicou as seguintes mensagens: “O problema não é xingar! O problema é roubar por anos um povo e ter os pais presos #vai acontecer” e “Sua hora tá chegando! Si vis pacem para bellum”. A última frase é um provérbio latim que significa na tradução: “Se você quer paz, prepare-se para a guerra”.

Embora o nome do prefeito não seja explicitamente mencionado, as referências são entendidas como direcionadas a Wladimir Garotinho, especialmente com o uso do slogan “#vaiacontecer” associado à campanha de Madeleine Dikeman.

*Gravidade das mensagens *

A defesa do prefeito destaca a gravidade das mensagens, ressaltando que “a função de um policial civil é de extrema relevância para a manutenção da ordem pública e a proteção dos direitos dos cidadãos. Quando um servidor público desta natureza se desvia de suas funções, utilizando seu cargo para promover interesses pessoais ou políticos, coloca em risco não apenas a credibilidade da instituição policial, mas também a confiança da sociedade na justiça e na segurança pública.”

Cristiano Dykeman teria infringido o Decreto-Lei n° 218/1975 e o Código de Ética Policial. O Decreto-Lei estabelece normas rigorosas para a conduta dos policiais civis do Estado do Rio de Janeiro, destacando a importância do comportamento ético e legal. Dentre os artigos violados, estão:

Art. 10: O policial deve respeitar os direitos e garantias individuais, exercer a função com probidade, discrição e moderação, e não permitir que sentimentos pessoais influenciem suas decisões.
Art. 14: São transgressões disciplinares usar o cargo para obter proveito político-partidário.

O Código de Ética Policial também estabelece princípios fundamentais para a conduta dos policiais civis, incluindo:

Art. 1: O policial deve respeitar os direitos e garantias individuais, exercer a função com probidade e moderação, e não permitir que sentimentos pessoais influenciem suas decisões.

*O que solicita a defesa *

Na representação consta ainda que a conduta de Dykeman viola esses princípios e compromete a integridade da instituição policial. Diante das evidências apresentadas, a defesa do prefeito requer ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro:

a) Instauração de inquérito policial e/ou procedimento investigatório criminal para apurar a conduta do policial civil Cristiano Dykeman;

b) Adoção de todas as medidas administrativas e/ou judiciais, visando a responsabilização funcional do serývidor.

Veja na íntegra imagens da ação de representação: