• novembro 13, 2024
Aumento de casos de meningite causa preocupação no Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Saúde emitiu nessa terça-feira um alerta sobre a necessidade de vacinação contra a meningite meningocócica para adolescentes de 11 a 14 anos de idade e para grupos de risco elevado, como imunossuprimidos. O alerta toma como base o fato que até o último dia 4, já haviam sido confirmados 12 casos e duas mortes este ano. O total de registros equivale ao dobro de casos confirmados entre 2017 e 2020. No ano passado, não houve notificações.

A vacina meningocócica ACWY, que imuniza contra as doenças provocadas pela bactéria Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, C, W e Y (conjugada). O imunizante é aplicável em uma única dose . Um dos problemas observados no estado é a baixa cobertura vacinal dos públicos-alvos.

No Sistema Único de Saúde o imunizante é aplicado como parte do Calendário Nacional de Vacinação. Além da ACWY, são oferecidas doses da Meningocócica C, que é administrada nas Clínicas da Família e postos de saúde. Nesses casos, o público-alvo e formado por crianças entre 3 e 5 meses de idade, que devem receber dose de reforço aos 12 meses. A vacina também é oferecida nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais para grupos de risco elevado, como imunossuprimidos e profissionais de microbiologia que podem ter contato com o vírus.

— Com o reforço da vacina entre os nossos adolescentes, conseguiremos proteger o desenvolvimento deles para que no futuro , não sejam afetados com formas graves da doença — disse a secretária de Saúde do Estado, Claudia Mello.

Fonte: O Globo

  • novembro 11, 2024
Ministério da Saúde deixa vacinas faltarem em 11 estados e no DF

Onze estados e o Distrito Federal relatam falta de vacinas, mostra levantamento da coluna junto às secretarias estaduais de Saúde. São eles: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Outros três estados (Acre, Maranhão e Rio de Janeiro) relataram o desabastecimento de imunizantes ao longo de 2024, mas indicaram que a situação hoje estaria normalizada. Bahia, Ceará e Espírito Santo negaram o desabastecimento, e nove estados (Alagoas, Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe) não responderam aos questionamentos.

Além da falta de vacinas no país, a coluna revelou na semana passada que o Ministério da Saúde incinerou 10,9 milhões de vacinas em 2024, após deixar vencer o prazo de validade. A maior perda se refere a imunizantes da Covid-19, mas há também doses para febre amarela, tétano, gripe e outras doenças. A quantidade de imunizantes desperdiçados deve ser maior ainda, uma vez que o estoque do Ministério da Saúde armazena outras 12 milhões de doses que já venceram, mas ainda não foram incineradas.

Na ocasião, o Ministério da Saúde assegurou, em nota, que “não há falta de vacinas no país”. No entanto, o levantamento feito pela coluna revela o contrário. Procurada para comentar os dados de desabastecimento, a pasta assegurou o compromisso em garantir a distribuição de vacinas para a proteção e assistência adequada à população brasileira.

Quais vacinas estão em falta nos estados

Onze das 12 unidades federativas que confirmaram o desabastecimento de vacinas não têm o imunizante contra a varicela, doença mais conhecida como catapora. A única exceção é São Paulo. O Distrito Federal foi o único a informar que a substitui pela vacina tetraviral – imunizante em falta no estado paulista e que também previne o sarampo, a caxumba e a rubéola.

O Paraná não tem imunizantes contra a Covid-19 para crianças. Segundo o Ministério da Saúde, a doença já matou 5,1 mil pessoas no Brasil em 2024.

Seis estados e o Distrito Federal não dispõem da vacina contra febre amarela.

A capital federal, o Pará e o Tocantins também não contam com o imunizante contra HPV – que evita o câncer de colo de útero, de vulva, de vagina, de pênis, de orofaringe e do canal anal, além de verrugas genitais. Ambos não podem ser substituídos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Cinco estados mais o DF não possuem a vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. A capital federal e Goiás informaram trocá-la pela pentavalente, que inclui prevenção contra hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b (Hib), bactéria causadora de pneumonia, de meningite, de otite e de epiglotite.

Faltam, ainda, a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) no DF e a dTpa acelular — também contra difteria, tétano e coqueluche, mas usada em grupos específicos nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) — em Mato Grosso, na Paraíba, em Santa Catarina e em Tocantins.

Pará repassou os dados do último Informe de Distribuição de Imunobiológicos do Ministério da Saúde, que relata falta das vacinas contra varicela, febre amarela e HPV por “problemas com o fornecedor”.

Nenhuma unidade federativa informou previsão de data de reposição para o local.

Gargalo de vacinas

Rio de Janeiro disse que enfrenta “ausências pontuais no fornecimento de alguns imunizantes” durante o ano e que podem ser substituídos. Por isso, não haveria prejuízo à vacinação.

Já o Acre informou que sofreu com “desabastecimento parcial” de imunizantes contra hepatite A, HPV, tríplice viral, febre amarela, Covid-19 e varicela. Amazonas, por sua vez, “aguarda envio de novas remessas de imunizantes”, sem detalhar quais.

Além deles, o Maranhão afirmou ter sofrido com falta de vacinas contra Covid-19 para crianças, mas já recebeu remessa em outubro deste ano. A coluna cobrou mais respostas desses estados, mas não teve retorno.

Espírito Santo teve a distribuição regularizada ao longo de 2024. Já a Bahia informou não sofrer com falta de vacinas neste ano, apenas que viveu um “abastecimento irregular” de doses contra febre amarela, “que se encontra em nível crítico devido a questões logísticas e problemas de qualidade na produção pelo fornecedor”.

Roraima não respondeu aos questionamentos, delegando a responsabilidade à pasta.

Por que a aplicação de vacinas está abaixo da meta?

Nem só de desinformação, de baixa percepção de risco de doenças, de medo de efeitos colaterais e de dificuldade de acesso a postos de saúde sobrevive a crise da vacinação no Brasil, segundo especialistas. A falta de oferta de imunizantes também figura entre os fatores para as taxas de cobertura estipuladas pelo ministério não alcançarem a meta, que varia de 90% a 95%.

“Se a gente abaixa a cobertura, há todo o impacto na volta de doenças”, declarou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri.

Para o pediatra infectologista, trata-se de um “problema importante das coberturas vacinais”. O desafio tende a aumentar não só no Brasil, mas também no mundo.

“A produção de vacinas não vem acompanhando o aumento no consumo no planeta. Hoje, a demanda é muito grande, e a oferta, nem tanto, a ponto de, numa epidemia de febre amarela, precisar fracionar doses”, completou.

Desde 2016, o Brasil notifica redução nas taxas de vacinação contra meningite e HPV, por exemplo. Os valores, porém, foram parcialmente revertidos e aumentaram em 2023.

O que diz o Ministério da Saúde sobre a falta de vacinas

Após a publicação desta reportagem, o Ministério da Saúde enviou a seguinte nota, reproduzida na íntegra:

“O Ministério da Saúde reforça o seu compromisso em garantir a distribuição de vacinas para a proteção e assistência adequada à população brasileira, estruturando estratégias para garantir o abastecimento adequado de todas as vacinas.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza 48 imunobiológicos, sendo 31 somente vacinas. No mês de outubro, os imunizantes contra febre amarela, varicela, HPV, tríplice viral e DTP foram distribuídas de acordo com a disponibilidade de aquisição no mercado e entrega das doses por parte dos fornecedores.

Já em novembro, as vacinas de febre amarela, hepatite B, Dupla Adulto (dT) e DTPa tiveram a distribuição regularizada nos territórios. As doses de HPV, Menigo C e Menigo ACWY foram recompostas em cerca de 80%.

Em relação às vacinas da Covid-19, recentemente, a pasta concluiu a distribuição das doses para 26 estados e o Distrito Federal. A entrega faz parte de um lote de 1,2 milhão de doses adquiridas por compra emergencial de imunizantes atualizados. Além disso, um novo pregão foi concluído recentemente para a aquisição de mais 69 milhões de doses, garantindo proteção contra cepas atualizadas pelos próximos dois anos.”

Fonte: Jornal Metrópoles

  • outubro 22, 2024
Lote falsificado de Ozempic leva mulher à internação em hospital no Rio de Janeiro

Uma mulher de 46 anos foi internada no hospital Copa D’Or, em Copacabana, no Rio de Janeiro, após utilizar um produto falsificado vendido como Ozempic. Ela afirma que comprou o medicamento, que é indicado para o tratamento de diabetes tipo 2 e utilizado também para perda de peso, em uma farmácia.

As informações são de O Globo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia emitido alertas sobre a circulação de lotes falsificados do remédio no Brasil. Em 2023, o órgão identificou dois: MP5C960 e LP6F832. 

Ambos foram detectados pela fabricante Novo Nordisk e reportados à agência nos meses de junho e outubro daquele ano. 

Lotes falsificados

Já em 2024, a agência alertou para um novo lote falsificado, o MP5A064, que foi descoberto em janeiro, com prazo de validade até outubro de 2025.

De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), a Novo Nordisk identificou características divergentes entre o lote falsificado e o original, como a concentração do medicamento e o idioma das embalagens, que não estavam em português, o que confirmou a suspeita de um produto falsificado.

Venda do Ozempic

Ainda no início de 2024, a Anvisa proibiu a comercialização de todos os lotes de Ozempic e outros medicamentos no site Manual.com.br. Segundo a agência, os itens eram fabricados por empresas desconhecidas e não possuíam registro sanitário, o que viola a legislação vigente. 

O comércio de medicamentos sem o devido registro fere os artigos 2º, 12, 50 e 59 da Lei 6.360/1976, o que motivou as medidas de fiscalização e bloqueio das vendas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também emitiu um alerta no começo deste ano sobre a escassez global de medicamentos à base de semaglutida, princípio ativo do Ozempic e Wegovy

Esse déficit levou ao aumento na circulação de versões falsificadas dos produtos, o que representa sérios riscos à saúde pública.

O que é o Ozempic?

O Ozempic é um medicamento aprovado pela Anvisa para o tratamento de diabetes tipo 2. Contudo, seu uso off label, ou seja, fora das indicações previstas na bula, se popularizou como alternativa para a perda de peso. 

A aplicação do fármaco é feita por meio de uma caneta injetável, disponível nas dosagens de 0,25 mg, 0,5 mg e 1 mg.

Fonte: Jornal Zero Hora

  • outubro 21, 2024
Paciente infectado com HIV após transplante é internado no RJ

Um dos pacientes infectados com HIV após passar por um transplante de órgão precisou ser internado no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).

A Secretaria informou que foi acionada pela linha de emergência exclusiva para os pacientes transplantados que receberam os órgãos infectados com o vírus. A pasta foi contatada neste domingo (20).

Após o atendimento, o homem foi encaminhado ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz, onde foi internado.

A SES-RJ não informou qual é o estado de saúde do paciente.

O protocolo determinado para o caso inclui um acompanhamento laboratorial e psicológico para o paciente e seus familiares no Hospital Universitário Pedro Ernesto, na zona norte da capital.

Um conjunto de especialistas está à disposição dos médicos para discussões e acompanhamento técnico.

Fonte: CNN Brasil

  • outubro 19, 2024
Outubro Rosa: especialista ressalta a importância da mamografia

O Outubro Rosa é uma campanha extremamente importante na conscientização do câncer de mama, uma doença bem grave, mas que pode ter cura, especialmente se o diagnóstico for precoce. Ela tem como objetivo ensinar as pessoas, especialmente as mulheres, sobre a importância do autoexame e dos exames de rotina, assim como sobre os possíveis sinais do câncer de mama.

Segundo Francisco Almeida, tecnólogo em radiologia, o exame mais usado para a detecção da doença é a mamografia, realizada por técnicas e tecnólogas em radiologia. Os equipamentos cada vez mais modernos e digitais permitem melhor visualização dos tecidos mamários, possibilitando que o médico radiologista realize laudos cada vez mais precisos.

Quando a mamografia não é o suficiente para dar o diagnóstico podem ser realizadas outras duas modalidades. São elas ultrassonografia de mama ou ressonância magnética de mama, a escolha estando diretamente ligada à conduta do médico. A biópsia minimamente invasiva também é importante para a confirmação do diagnóstico e traçar estratégias de tratamento específico.

Mesmo assim, de acordo com o especialista, a mamografia é um primeiro passo extremamente importante. Afinal, vale ressaltar que, quanto mais rápido a pessoa descobrir qualquer problema, mais chances de cura.

Fonte: Jornal Metrópoles

  • setembro 26, 2024
HIV: nova variante está circulando em três estados do Brasil, diz estudo

Uma nova variante do HIV, vírus da Aids, está circulando em, pelo menos, três estados do Brasil, segundo um estudo realizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A análise foi publicada na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”.

Os pesquisadores identificaram a nova variante em amostras de sangue de pessoas soropositivas para o vírus HIV do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. Durante a pesquisa, os cientistas analisaram uma amostra genética coletada em 2019 de um portador de HIV em tratamento em Salvador, na Bahia, e identificaram fragmentos dos dois tipos diferentes do vírus: o tipo B e o tipo C.

Os pesquisadores compararam as sequências genéticas encontradas no paciente analisado e foram, então, comparadas com informações registradas em bancos de dados científicos. A partir disso, eles descobriram a existência de outras três ocorrências de padrões semelhantes espalhadas pelo Brasil.

Com esses resultados, a equipe realizou um estudo de parentesco que indicou uma conexão entre as quatro amostras e possibilitou a classificação da nova variedade do vírus HIV, a recombinante CRF146_BC.

Nova variante pode ter surgido de coinfecção

Para os cientistas, os tipos B e C do HIV podem ter se combinado no organismo de um paciente soropositivo, gerando padrões diferentes dos já conhecidos. Para Joana Paixão Monteiro-Cunha, autora da pesquisa, o provável é que a nova variante tenha surgido de uma coinfecção, ou seja, de uma infecção que ocorreu, ao mesmo tempo, com os dois tipos do vírus.

“Quando duas variantes diferentes infectam a mesma célula, podem se formar híbridos durante o processo de replicação do vírus e, destes, surgem os recombinantes”, diz a pesquisadora em um comunicado publicado pela Agência Bori, que divulga pesquisa científica realizada no Brasil.

Ela também esclarece que é possível que um único portador tenha iniciado a transmissão do novo tipo no Brasil. “Nosso estudo mostrou que as variantes encontradas nas diferentes regiões geográficas são descendentes de um mesmo ancestral. Assim, é possível especular que ela já está amplamente disseminada no país”, alerta.

Maior parte da nova variante é herdada do tipo C

Separadamente, os subtipos B e C do HIV são responsáveis por cerca de 80% das infecções no Brasil, sendo a variante B a mais difundida em todas as regiões do país. Mesmo com essa prevalência, a maior parte do material genético da nova variante é herdada do tipo C, segundo Monteiro-Cunha.

“Nós avaliamos muitas outras formas recombinantes que envolvem os dois subtipos e observamos que, na maioria delas, também predominam sequências genômicas do subtipo C”, afirma a pesquisadora. Isso pode indicar uma pressão seletiva para a manutenção da variante C, possivelmente devido a vantagens adaptativas ou replicativas presentes nesse tipo.

Novos estudos são necessários para identificar as diferenças entre a nova variante e os tipos C e B nas taxas de transmissão e progressão da infecção para a Aids. Apesar disso, Monteiro-Cunha explica que não há evidências de que o tratamento contra o vírus precise ser modificado. “Parece que os subtipos de HIV-1 não apresentam grandes diferenças na resposta à terapia antirretroviral”, comenta.

Essa não é a primeira vez que misturas entre as variantes do HIV circulam no mundo. Desde 1980, mais de 150 combinações entre as variantes B e C já foram descobertas globalmente. Diante disso, a pesquisadora ressalta que é essencial manter os esforços para investigar esses vírus.

A equipe de pesquisadores deve continuar investigando e monitorando o surgimento de novas variantes do HIV para auxiliar na vigilância da disseminação do vírus, impactando, também, no controle da doença causada por ele.

Fonte: CNN Brasil

  • setembro 22, 2024
Da boca para dentro: como a saúde oral afeta o organismo como um todo

A falta de dentes revela muito mais do que uma higiene bucal deficiente. Peças-chave do sistema mastigatório, incisivos, caninos, molares e pré-molares estão associados a funções que ultrapassam os limites da boca. Perdê-los, segundo pesquisas, é um fator de risco não apenas para patologias orais, mas está relacionado à mortalidade por todas as causas. 

A conexão entre periodontite e doenças cardiovasculares já é bem conhecida. Porém, mesmo na ausência da infecção, os estudos mostram que a perda de dentes influencia o risco não só de infarto e acidentes vasculares, mas de uma variedade de condições, como desnutrição, obesidade, síndrome da fragilidade, depressão e até demência. 

Um dos maiores estudos a relacionar o edentulismo — perda dental — à mortalidade em geral foi realizado por pesquisadores chineses na Coreia do Sul, com 220.189 pessoas acima de 40 anos. Os participantes foram separados por grupos, segundo o número de dentes perdidos. 

Após ajustar fatores que poderiam influenciar o desenvolvimento de doenças, como tabagismo, sedentarismo e histórico familiar, os pesquisadores da Universidade de Sichuan, na China, descobriram que, entre aqueles com mais de três dentes perdidos, o risco de mortalidade por todas as causas foi 1,19 vez maior, comparado a quem tinha uma dentição mais preservada. Doenças metabólicas, digestivas e traumas foram as principais razões de óbito nesse grupo.

A relação não é de causa e efeito, esclarece Fabíola Bof de Andrade, pesquisadora de saúde pública na Fundação Oswaldo Cruz, em Minas Gerais (Fiocruz Minas). Doutora em odontologia, ela é autora de estudos que investigam os impactos da perda de dentes na saúde em geral. “Há muitas pesquisas do tipo desenvolvidas ao redor do mundo e entendemos que as evidências apontam para a existência de uma associação. Porém, os mecanismos causais ainda não são completamente elucidados, embora existam hipóteses.”

A pesquisadora é autora correspondente de um artigo publicado na revista Brazilian Oral Research, que constatou uma relação estatística significativa entre o edentulismo total e a mortalidade de idosos por qualquer causa. O estudo incluiu 1.687 participantes a partir de 60 anos, acompanhados por 11 anos. Desses, 47,2% não tinha nenhum dente natural na boca.

Feitos os ajustes de fatores de risco, a expectativa de vida dos participantes foi menor naqueles com edentulismo total. Ou seja, considerando pessoas com as mesmas doenças, hábitos e condições socioeconômicas, a mortalidade era maior entre as que não tinham dentes.

Publicada na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, outra pesquisa recente, da qual Fabíola Bof de Andrade é coautora, encontrou associação entre a ausência da dentição natural e o risco aumentado de fragilidade — maior vulnerabilidade a quedas, hospitalização, incapacidade e morte — moderada e severa. O resultado é consistente com estudos de outros países que investigaram essa relação.

Nutrição

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Minas, embora não existam, ainda, comprovações sobre os mecanismos biológicos que expliquem a associação do edentulismo com o risco aumentado de mortalidade em geral, alguns fatores podem estar por trás dessa relação. Entre aspectos os mais citados por pesquisadores, está o nutricional.

A falta de dentes ou o uso de próteses mal ajustadas podem alterar significativamente a dieta: além de restringir a alimentação, impedem a absorção de micronutrientes essenciais à saúde. Um estudo experimental com pacientes da Faculdade de Medicina Dental da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, encontrou um risco 21% maior de desnutrição em pessoas com 10 a 19 dentes, comparado às com a dentição mais preservada. 

“A boca é a porta de entrada para a ingestão de alimentos e líquidos”, comentou a autora principal do estudo, Rena Zelig, diretora do Programa de Mestrado em Nutrição Clínica da Universidade de Rutgers. “Se sua integridade for prejudicada, a capacidade funcional de um indivíduo de consumir uma dieta adequada pode ser impactada negativamente.”

A pesquisadora também publicou, há três meses, um artigo baseado na análise médica de 1.765 idosos e encontrou um aumento de 2% no risco de obesidade entre aqueles com menos de 21 dentes. Cada par oposto de molares ausentes foi correlacionado a uma chance 7% mais elevada do distúrbio metabólico. “Há uma tendência de separar a saúde oral da saúde geral, mas a boca é, na verdade, um espelho do organismo”, comentou, em nota, Steven Singer, coautor do estudo e presidente do Departamento de Ciências Diagnósticas em Rutgers. 

Fonte: Correio Braziliense

  • junho 25, 2024
Santa Casa de Campos: o maior hospital cardiológico do interior do estado do RJ

Com mais de 230 anos de história servindo a população, a Santa Casa de Misericórdia de Campos vem se destacando cada vez mais como um hospital de referência cardíaca em todo o estado. Entre 2022 e 2023, a Santa Casa realizou mais de 500 cirurgias cardíacas e mais de 3 mil procedimentos no setor de hemodinâmica, reforçando seu papel crucial na saúde da região.

Em parceria com a Prefeitura de Campos dos Goytacazes, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, e do Governo do Estado do Rio, a Santa Casa compõe o SOS Coração: um programa que tem o objetivo de prestar o atendimento imediato às pessoas que sofreram infarto agudo do miocárdio (IAM). A ação garante a intervenção necessária em até duas horas após o paciente dar entrada nas unidades que integram a Rede de Atenção às Urgências e Emergências dos municípios de Campos, São João da Barra e São Fidélis, reduzindo em 50% o índice de óbitos por infarto.

Capitaneado pelo jovem cardiologista Dr. Halim Abdu Neme (CRM 52 110082-3), o programa recebeu pronta aprovação dos poderes públicos municipal e estadual, que enxergaram a importância desta inédita iniciativa no cuidado à saúde dos campistas.

“Fico muito feliz em ter tido uma participação tão importante no planejamento e execução de um programa tão necessário para Campos e região. Como médico que atua diretamente no programa, sinto muito orgulho em saber que, na Santa Casa, já salvamos muitas vidas.” disse o Dr. Halim Abdu Neme.

Segundo o Dr. Celmo Ferreira de Souza Jr., responsável técnico pelo Serviço de Hemodinâmica da Santa Casa de Misericórdia de Campos (CRM 52 50736-4), o projeto implantado em março de 2023 é um divisor de águas no tratamento dos pacientes recém infartados.

“As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e no mundo, sendo o infarto a principal causa. Neste projeto audacioso a população recebe um atendimento padrão ouro, com equipes multidisciplinares e assistência 24 horas por dia, 365 dias por ano, realizando os procedimentos e restabelecendo o fluxo sanguíneo normal para o coração, reduzindo as complicações e a mortalidade.”, garante o Dr. Celmo.

O Prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, garante que o programa é uma iniciativa pioneira no Estado do Rio e no Brasil.

“O SOS Coração é algo extraordinário e será em breve referência nacional. Não à toa, em seu primeiro ano de existência, ganhou o prêmio da Fundação Oswaldo Cruz. Fico imensamente feliz e grato por ser o gestor

que conseguiu implantar essa iniciativa, mas sou igualmente grato por ter uma equipe dedicada nessa missão. Muitos achavam que seria impossível a concretização, mas estamos aqui para provar que com vontade política e profissional sonhos se realizam.”, concluiu o prefeito.

Referência no Estado do Rio de Janeiro

A Santa Casa de Campos não é apenas uma referência regional; sua excelência em atendimento cardíaco atrai pacientes de diversas partes do estado, incluindo a capital. Um exemplo notável é o caso de Alice Jesus dos Santos, uma paciente carioca que, em 2018, aos 16 anos, teve sua vida salva pela equipe da Santa Casa.

Alice passou semanas se sentindo mal sem que descobrissem seu diagnóstico. Após sofrer duas paradas cardíacas, um ecocardiograma finalmente revelou uma endocardite avançada. Transferida do Rio para Campos de helicóptero, a jovem paciente passou por uma difícil cirurgia que salvou sua vida. Devido à sua idade, os médicos optaram por uma válvula biológica e, em maio deste ano, Alice retornou à Santa Casa de Misericórdia de Campos para a troca da prótese.

“Eu não tenho palavras para falar deste hospital. Poder retornar à Santa Casa e reencontrar os mesmos cirurgiões que me operaram da primeira vez é maravilhoso. Conversar com eles, contar que me casei e tive uma filha, e receber todo esse carinho não tem preço”, afirma a paciente.

“A Santa Casa, há 232 anos, tem como missão salvar vidas. Abrigar programas como o SOS Coração e ter um corpo médico capacitado, tanto na cardiologia, quanto em outras áreas, potencializa essa missão, como podemos ver no caso da Alice. Sempre com muita responsabilidade e profissionalismo, estamos elevando nosso hospital a novos patamares. A nossa prioridade são os pacientes e colaboradores, pois eles são a razão de ser e a estrutura que ergue a Santa Casa de Misericórdia de Campos.”, finaliza Dr. Manoel Corraes (CRM 52 44553-6), provedor do hospital filantrópico.

Fonte: G1

  • junho 10, 2024
Ex-governador Anthony Garotinho é internado no Rio após fortes dores no peito

Anthony Garotinho (Republicanos), de 64 anos, ex-governador do Rio de Janeiro, precisou ser internado em um hospital da capital após sentir fortes dores no peito nesta segunda-feira (10).

De acordo com um comunicado publicado por Rosinha Garotinho, mulher do político e também ex-governadora do estado, ele se sentiu mal pela manhã e foi levado para o hospital, onde vai precisar passar por um cateterismo. A unidade de saúde em que Garotinho está internado não foi divulgada.

“Aos amigos, o Garotinho encontra-se internado para a realização de um exame de cateterismo. Hoje pela manhã quando se preparava para o trabalho sentiu fortes dores no peito e foi conduzido ao hospital. Agradecemos o carinho e oração de todos e nos desculpamos pelo cancelamento das agendas previstas para o dia de hoje e amanhã”, diz a nota.

Fonte: O Dia