• março 16, 2024
Aprovação de Lula flutua perto de 50% e desaprovação cresce

Pesquisas recentes sobre a aprovação do 3º governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostram que a taxa de eleitores que dizem aprovar a gestão tem flutuado em torno de 50%, mas os que declaram desaprovar a gestão petista estão em ascensão desde o início do mandato.

A trajetória das pesquisas desde 2023 indica que Lula nunca avançou depois de ter vencido a eleição de 2022, quando ganhou de Jair Bolsonaro (PL) por uma margem mínima de votos (50,9% a 49,1%).

O Poder360 compilou os resultados de 7 empresas (PoderData, AtlasIntel, CNT/MDA, Datafolha, Ipec, Paraná Pesquisas e Quaest). Para as linhas do gráfico, foi considerada a média móvel das últimas 3 pesquisas –considerando a regularidade de cada estudo.

A média móvel da taxa de aprovação do governo ficou em torno de 50%, o que é razoável. Mas a rejeição chegou a 45%. Leia no infográfico abaixo:

Como o Poder360 mostrou, em dezembro de 2023, a comparação das pesquisas do início do mandato até aquela data já indicava uma queda na popularidade do atual presidente. Agora, a média móvel das pesquisas sugere não só que o governo segue amparado em uma parcela do eleitorado próxima dos 50%, como hoje esse grupo dá leves sinais de derretimento, com a taxa de desaprovação com tendência de alta.

AVALIAÇÃO PESSOAL DE LULA

Quando são dadas opções não-binárias de respostas aos entrevistados (ótimo/bom, regular, ruim/péssimo e não sabem), a média móvel dos resultados indica que a maior preocupação para o governo deve ser a avaliação pessoal de Lula. Nesse caso, os números estão na pior situação desde a posse.

APROVAÇÃO X AVALIAÇÃO

As empresas de pesquisas não usam necessariamente os mesmos enunciados das perguntas nem as mesmas opções de respostas quando avaliam o desempenho dos governos e dos governantes. É impreciso afirmar que o eleitor aprova ou desaprova o trabalho de um governante ou da administração pública se a questão dá como opções de respostas estas 6 opções: “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim”, “péssimo” ou “não sabe ou não respondeu”.  

É comum entender que a soma das respostas “ótimo” e “bom” seria sinônimo de “aprova o governo”. E que a soma de respostas “ruim” e “péssimo” seria equivalente a “desaprovação do governo”. Esse entendimento está incorreto porque desconsidera a parcela dos eleitores que respondeu “regular”. Os entrevistados que escolhem a categoria “regular” podem tanto aprovar como desaprovar a administração ou o governante.

As opções de respostas citadas acima (“ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” ou “péssimo”) são uma idiossincrasia em pesquisas brasileiras. No país onde mais se faz estudos de opinião pública no planeta, os Estados Unidos, o mais comum é a pergunta ser sempre direta e binária, com apenas duas opções de resposta: aprova ou desaprova.

O PoderData, empresa de pesquisas do Grupo Poder360, faz uma pergunta direta sobre o governo federal em suas pesquisas, indagando se o eleitor aprova ou desaprova. No caso da avaliação do trabalho pessoal do presidente da República, questiona-se se o entrevistado considera que é “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” ou “péssimo”

METODOLOGIA

O Poder360 compilou os resultados das pesquisas feitas por 7 empresas (AtlasIntel, CNT/MDA, Datafolha, Ipec, Paraná Pesquisas, Quaest e PoderData) de janeiro de 2023 a março de 2024.

Fonte: Poder 360

  • março 15, 2024
Jair Bolsonaro e mais 13 ficaram em silêncio em depoimentos à PF

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, derrubou o sigilo de 27 depoimentos de militares e civis supostamente envolvidos com a tentativa de golpe de 8 de Janeiro, entre eles o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), general Braga Netto (PL) e outros ministros e comandantes militares do último governo.

Destes, 14 depoentes ficaram em silêncio e não responderam às perguntas dos agentes da Polícia Federal (PF). Os investigados usaram o direito constitucional de ficarem calados e não produzirem provas contra si.

Ficaram em silêncio:

Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;

Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-capitão do Exército;

Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;

Amauri Feres Saad, advogado apontado como mentor intelectual da minuta do golpe;

Angelo Martins Denicoli, major do Exército;

Felipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor de Bolsonaro;

Helio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;

José Eduardo de Oliveira e Silva, padre;

Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército;

Mario Fernandes, então ministro-substituto da Secretaria-Geral; 

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa;

Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;

Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;

Ronald Ferreira de Araujo Junior, coronel do Exército.

Moraes derrubou o sigilo dos depoimentos pelas informações vazadas para a imprensa. Os documentos estavam em sigilo até a manhã desta sexta-feira (15/03).

Fonte: Jornal Metrópoles

  • março 14, 2024
Novo vice-presidente do AGIR, Edmar Ptak convoca candidatos e afirma: “Não teremos vereadores de mandato no partido”

Recém empossado como vice-presidente do AGIR em Campos, o empresário Edmar Ptak mostra que não chegou ao partido para brincadeira. Tendo discurso alinhado com o presidente Thiago Virgílio, Ptak foi enfático que o objetivo do partido é eleger sangue novo para a Câmara Municipal:

“Acredito que a população não está satisfeita com o atual quadro legislativo, muitas polêmicas e pouco trabalho. Por isso no AGIR não teremos nenhum vereador de mandato nem atuais secretários municipais na nominata.

Queremos uma câmara com sangue novo e daremos oportunidade para quem sonha em representar a população, portanto nossa nominata será totalmente sem vereadores de mandato. Nos próximos dias estaremos divulgando a data de um evento com ato de filiação”, declarou Edmar Ptak. O presidente Thiago Virgílio mostrou entusiasmo com esse novo rumo do partido:“Teremos a oportunidade de fazer algo diferente e se engana quem pensa que o AGIR chega para cumprir tabela. Nossa ideia é fazer pelo menos um vereador no partido”, afirmou Virgílio.

MAJORITÁRIA

Em meio a muitas movimentações e comentários no tabuleiro político, há quem diga que o AGIR também possa encarar a eleição para prefeito. A diretoria não confirma, mas também não descarta a possibilidade.

  • março 14, 2024
O deputado André Janones, apresentou projeto de lei para subordinar as big techs às normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC)

O deputado André Janones, do Avante de Minas Gerais, apresentou projeto de lei para subordinar as big techs às normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC). A proposta provocaria mudanças no Marco Civil da Internet.

Fenômeno das redes sociais, Janones ajudou a elaborar a estratégia digital da campanha de Lula, o que incluiu a veiculação de mentiras e desinformações sobre a candidatura de Bolsonaro.

Agora, Janones entende que as redes sociais devem ser responsabilizadas pela veiculação de propagandas enganosas e de golpes no meio digital. Ele diz que “a opacidade quanto aos responsáveis por anúncios e a falta de informações claras e detalhadas sobre a publicidade online dificultam a responsabilização e a proteção do consumidor”.

Uma das ideias de Janones é obrigar as plataformas a divulgarem um relatório semestral com informações sobre os responsáveis por anúncios publicitários e com a identificação de quem os criou, de quem os financiou e de quanto foi investido na veiculação de propagandas em geral.

O documento também precisaria trazer dados sobre o impacto provocado por publicidades enganosas e os valores arrecadados por provedores com anúncios fraudulentos, segundo a proposta de Janones.

O projeto de lei foi apresentado por Janones no final de fevereiro, em meio a um período de turbulência no mandato do deputado. Janones é investigado pela Polícia Federal por suposta prática de rachadinha e teve os sigilos bancário e fiscal quebrados. A Comissão de Ética da Câmara também tem representação aberta contra o parlamentar.

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes

  • março 14, 2024
Delegada Madeleine Dykeman deve disputar a prefeitura de Campos pelo grupo Bacellar

A delegada Madeleine Dykeman, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher(Deam), em Campos, foi convidada pelo presidente da Alerj Rodrigo Bacellar para representar o seu grupo na disputa eleitoral pela prefeitura de Campos.

Desde o início da semana, vem sendo ventilado nos bastidores e, segundo fontes, teria aceitado o convite do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, para concorrer pelo União Brasil.

O nome de Madeleine deve ser anunciado em evento partidário do União Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, onde Bacellar vai assumir a presidência estadual do partido.

  • março 9, 2024
Grupo de Wladimir assume o comando do PL de Campos

O acordo firmado entre o prefeito Wladimir Garotinho e o senador Flávio Bolsonaro não se registre a declarações de apoio à reeleição. O comando do PL campista também foi entregue  ao grupo político do prefeito.

Nesta, sexta-feira, 08, foi registrada no TRE a nova comissão executiva municipal, que será presidida por antigo aliado da família Garotinho, o ex-vereador Thiago Ferrugem.

Na vice-presidência, Alfredo Dieguez; o tesoureiro será Carlos Carneiro e o secretário Wanderson Barcelos

Fonte: Agenda do Poder

  • março 7, 2024
Pesquisa mostrou que governo Lula não fala para fora da bolha; análise

A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira trouxe um dado que é uma verdade incômoda para o Palácio do Planalto. A Quaest perguntou aos entrevistados: “O governo Lula se preocupa com pessoas como você?”. O resultado foi um empate: 48% disseram que sim, 48% disseram que não, e 4% não souberam ou não responderam. Ou seja: 14 meses depois de Lula eleito, ele não conseguiu convencer a metade do país que preferia Bolsonaro que está fazendo algo por eles.

A análise do perfil desses eleitores mostra uma divisão clara entre quem votou majoritariamente em Lula ou em Bolsonaro em 2022. Responderam favoravelmente ao governo Lula eleitores do Nordeste, com renda de até dois salários mínimos, pretos, católicos, mulheres e pardos.

Os que deram resposta negativa ao levantamento, por outro lado, foram os grupos onde Bolsonaro levou a melhor nas urnas. Foram evangélicos, moradores do Sul, brancos, com renda de dois a cinco salários mínimos, moradores do Sudeste, com renda de mais de cinco salários mínimos, moradores do Centro-Oeste e Norte, e homens.

A razão para a clivagem ainda estar assim não é muito difícil de entender. Quais gestos efetivos foram feitos por Lula para ser percebido como um governante também dos evangélicos? Do agro que não gosta dele? Da turma que acha que combater a corrupção é a pauta mais importante do planeta?

É um problema de comunicação e de política. Existem coisas que estão sendo feitas, claro. Quando Lula enfrenta a inflação, está ajudando o evangélico pobre. Quando aumenta o valor investido no Plano Safra, está atendendo o agronegócio. Quando a CGU passa a cobrar com seriedade o respeito à Lei de Acesso à Informação, está melhorando a transparência e consequentemente prevenindo a corrupção. Mas do que adianta tudo isso se a comunicação e a política não mostram isso?

Fonte: Jornal Metrópoles

  • março 6, 2024
Zé do Caixão: A madrugada dos mortos

Blog Diário Político – A oposição em Campos, ainda em ritmo de filme de terror, liga o modo desespero. Sem encontrar um antídoto para frear a popularidade do prefeito Wladimir Garotinho, com base nas últimas pesquisas o prefeito se reelegeria no primeiro turno, tentam aterrorizar a população.

Sem alternativas, a oposição coloca todo time em campo. De Rafael Diniz a Pudim, Carla Machado a Magal. Os nomes que compõem o “elenco estrelado” dos Bacellar podem não causar inveja a ninguém, mas aterrorizam até o mais valente dos campistas. A ideia é confundir o eleitor e dividir o voto para, pelo menos, levar a eleição para o segundo turno.

Há quem diga que ainda teremos muitos corpos sem vida ressuscitando. O Zé do Caixão da política campista deve estrelar seu mais novo filme, “Oposição 2024: A madrugada dos mortos”.

  • março 3, 2024
44% desaprovam ações de Moro na Lava Jato e 43% acreditam que Lula é culpado

Pesquisa do instituto Quaest divulgada neste domingo, 3, mostra que os brasileiros se dividem sobre a aprovação do senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) na condução da Operação Lava Jato e sobre a culpabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas condenações feitas pelo ex-magistrado. A força-tarefa da Polícia Federal (PF) completará dez anos no próximo dia 17.

A Lava Jato teve 80 fases deflagradas por ordem de Moro entre 2014 e 2021. Uma década após o início da operação, 44% desaprovam a postura do ex-juiz e 40% aprovam. Outros 3% não possuem uma opinião formada sobre a conduta do magistrado e 12% não souberam ou não responderam. A pesquisa ouviu duas mil pessoas presencialmente entre os dias 25 e 27 de fevereiro, em 120 cidades. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

Por outro lado, a consideração dos brasileiros sobre a operação como um todo foi positiva. Para 49% ela ajudou a combater a corrupção enquanto 37% analisam que ela não teve esse impacto.Para 50%, a operação da PF fez “mais bem do que mal” e 28% pensam o contrário. Para 7% ela não fez nem bem e nem mal e 15% não souberam ou não responderam.

Brasileiros se dividem sobre culpa e inocência de Lula

O instituto de pesquisas também perguntou aos entrevistados se eles consideram que o presidente Lula é inocente das acusações impostas contra ele na Lava Jato. Em julho de 2017, Moro condenou o petista a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por conta dos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula. A sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2021.

A pesquisa mostrou um empate entre os brasileiros sobre a culpa de Lula. Para 43%, ele sempre foi inocente, enquanto outros 43% acham que ele é culpado e deveria estar preso. 14% não souberam responder. O estudo também questionou se a Lava Jato teria investigado os partidos políticos de forma imparcial durante a operação.

Para 28%, a força policial se concentrou principalmente no Partido dos Trabalhadores. Para 23%, ela atingiu todas as legendas igualmente, 42% acreditam que Lava Jato acabou por pressão política e 25% por exageros dos investigadores, 42% dos brasileiros acreditam que a Lava Jato acabou em 2021 por causa de ações políticas feitas para barrar a operação, 25% responderam que houve erros e exageros por parte dos investigadores que conduziram a força-tarefa.

Outros 8% disseram que, na época em que a operação foi encerrada, o governo brasileiro, que na época era comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não tinha mais corrupção que pudesse ser apurada, 3% não escolheu nenhuma das três opções e 22% não souberam ou não responderam.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), então chefiada por Augusto Aras, extinguiu a Lava Jato no dia 1º de fevereiro de 2021 após o início de um processo de revisionismo da operação. Alguns dos integrantes da força-tarefa foram integrados no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Fonte: CNN Brasil

  • fevereiro 29, 2024
Lula circula pelo Caribe com crise de Venezuela e Guiana sem solução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou ao Caribe com a missão de apaziguar os ânimos entre Venezuela e Guiana frente à disputa por Essequibo, região rica em petróleo. A previsão é que o petista se reúna com os chefes de Estado das duas nações para discutir, entre outras questões, as possíveis saídas para o impasse.

Lula chegou a Georgetown, capital da Guiana, nessa quarta-feira (28/2), onde participou do encerramento da 46º Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom). Nesta quinta (29/2), o presidente tem uma reunião bilateral com o chefe do Executivo guianês, Irfaan Ali.

Entre os temas a serem discutidos, está a questão de Essequibo. O governo brasileiro tem atuado como mediador da tensão, que escalou no final do ano passado após a Venezuela aprovar um plebiscito sobre a anexação da parcela ao seu território. O governo do presidente Nicolás Maduro chegou a divulgar um mapa de como ficaria a região indexada.

Representantes dos dois países tiveram uma reunião em 25 de janeiro, com mediação do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira. No encontro, ambos concordaram em buscar uma solução para o conflito de forma pacífica. No entanto, nas últimas semanas, o governo venezuelano tem aumentado a presença militar na fronteira com a Guiana.Durante a visita de Lula a Georgetown, o presidente guianês afirmou que o petista tem uma “grande responsabilidade” na pacificação da região.

“O seu papel é [como] o de todos os outros: garantir que a paz e a estabilidade permaneçam e garantir que todas as partes se resolvam dentro dos limites do direito internacional”, disse o presidente Irfaan Ali a jornalistas.O professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Feliu avalia que o protagonismo brasileiro em relação à mediação do conflito se dá por questões geográficas — o Brasil faz fronteira com os dois países —, econômicas, e também porque conta com o apoio de outras nações para comandar as negociações.“O próprio reconhecimento dos outros atores internacionais, principalmente os Estados Unidos, que fomentam e incentivam o Brasil a fazer essa mediação. E também ambas as partes, tanto a Venezuela quanto a Guiana, ambos os líderes aceitam [o papel mediador]”, pontua o especialista.

“O Brasil tem capacidade, está mediando e, sem dúvida, não o fazer seria praticamente uma negligência. Acredito até que faz parte do papel internacional e, principalmente, regional do Brasil”, destaca.

Encontro com Maduro

Após a visita à Guiana, o presidente Lula embarca para São Vicente e Granadinas, onde participará da VIII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). O Brasil voltou a integrar o bloco em janeiro de 2023, com o início do terceiro governo Lula.

Na ocasião, o presidente brasileiro deve se reunir com Nicolás Maduro. Além da questão de Essequibo, a expectativa é que os chefes de Estado discutam a realização das eleições presidenciais na Venezuela, previstas para o final do ano.

O encontro acontece cerca de uma semana após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, abordar o tema com Lula, durante visita a Brasília, na terça-feira (20/02) passada. Conforme o Blog do Noblat, do Metrópoles, o norte-americano sugeriu a Lula que o petista peça garantias ao aliado venezuelano de que as eleições acontecerão.No fim de janeiro, a Suprema Corte venezuelana barrou a candidatura da líder da oposição ao presidente Nicolás Maduro, Maria Corina Machado. A ação resultou em novas sanções dos Estados Unidos contra o país latino.

O professor Feliu destaca que o Brasil pode atuar como um observador para garantir a legitimidade do pleito. Nesse sentido, o país teria a função de dar apoio técnico para as eleições, fazer visitas de vistoria, entre outras ações.

“Eu diria que a observação eleitoral internacional é o principal papel do Brasil. E também convencer a Venezuela a abrir o processo para outros observadores internacionais”, avalia o professor.“Mas também não adianta abrir um processo em que você tira da competição seus principais rivais políticos. Então, esse seria um tema mais sensível, em relação aos que se dizem presos políticos. E aí, tenho minhas dúvidas, sobre a capacidade que o Brasil de convencer o regime do Maduro”, ressalta.

Venezuela x Guiana

Em novembro do ano passado, houve uma escalada na tensão entre Venezuela e Guiana, que disputam a região de Essequibo, rica em petróleo. Na ocasião, o Brasil se dispôs a mediar o conflito.

A disputa tem origem no século 19. À época, a Guiana era colônia britânica. O território ficou delimitado ao leste do Rio Essequibo, mas expandiu para a porção oeste da área, já parte Capitania Geral da Venezuela (antigo nome).Poucos dias após o referendo na Venezuela, que decidiu pela anexação do território, Lula recebeu uma ligação do presidente Nicolás Maduro para tratar da situação.Segundo comunicado oficial divulgado pelo Itamaraty, Lula mostrou preocupação com a questão de Essequibo e ressaltou que medidas unilaterais podem levar a uma escalada na situação.

Fonte: Jornal Metrópoles