• maio 4, 2024
Chuvas no Rio Grande do Sul: mais de 10 mil pessoas foram resgatadas, mas ainda há moradores ilhados

O governo do do Rio Grande do Sul confirmou que mais de 10 mil pessoas já foram resgatadas por conta das fortes chuvas que atingiram o estado e provocaram enchentes. Mas ainda há moradores ilhados em diferentes partes do estado.

O cenário é de caos com um vai e vem incessante de barcos e de motos aquáticas. Dezenas de pessoas foram resgatadas de bairros mais distantes de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Enquanto pessoas são carregadas, outros tentam ajudar distribuindo itens básicos. Em outros pontos da cidade, moradores esperam pelo resgate no telhado das casas. O Hospital de Pronto Socorro foi evacuado e pacientes foram transferidos de helicóptero para outras unidades. A prefeitura determinou a saída imediata dos moradores de bairros inteiros.

Imagens mostram as pessoas saindo dos carros, a elevada completamente obstruída, várias camionetes com barcos que foram trazidos para fazer os resgates.

Os moradores tentavam deixar o local como podiam. “A gente perdeu tudo, tudo…”, lamentou a cuidadora de idosos Cleusa Xavier.

Para o vendedor Otávio Rech, o que se vê é um desastre: “Várias pessoas ilhadas ainda, alguns corpos até boiando. Algo que a gente nunca viu. É um cenário de guerra”.

Na região central do estado, a força da água arrancou pontes e casas na cidade de Toropi. Um casal de idosos estava isolado desde segunda-feira (29).. Agora, em segurança, no hospital, eles já conseguem se alimentar.

Em Santa Maria, o pequeno Levi aproveita as primeiras horas de vida ao lado da mãe, Vitória. Ela foi resgatada em Restinga Seca, onde mora, já em trabalho de parto.

“Meu Deus, passando assim de helicóptero por cima de tudo e vendo tudo alagado… Foi sorte também, né. Um milagre”, contou Vitória Gomes.

No Vale do Taquari, um bebê de dois anos foi resgatado por militares, pelo telhado, em Bom Retiro do Sul. Outras quatro pessoas que moravam na mesma casa também foram salvas.

O número de pessoas resgatadas não parou de subir ao longo do dia. Em Porto Alegre, treze abrigos recebem os moradores que precisaram sair de casa. Ginásios, teatros, clubes, escolas e até igrejas abriram as portas para os desalojados.

“Já tava chegando no segundo piso. Aí eu resolvi sair. Nunca imaginei, nunca imaginei passar por isso. Eu não sei pra onde eu vou agora. Eu vou ver se consigo algum lugar pra ficar”, afirmou o motorista de aplicativo Jean Silva.

Bombeiros e voluntários percorreram as ruas tomadas pelas águas durante todo o sábado (4). O bombeiro civil Rodrigo Rabello, explica que o trabalho “é de formiguinha”. “A gente tá ajudando como pode. Tem muita gente ilhada aí e isso que me deixa mais nervoso. Tem muita gente idosa e a gente não sabe o que pode acontecer.”

O açougueiro Sérgio Idearte saiu do interior de Agudo, no norte do estado, e foi parar em Ibarama. Andou mais de trinta quilômetros a pé em busca de ajuda. Agora quer notícias da família.

“Atravessei mato, morro, desviando o rio, desviando arroio. O que mais me interessa é saber se eles tão bem. Eu, graças a Deus, tô bem.”

Fonte: G1

  • maio 4, 2024
Casal pede R$ 50 mil da ex-nora por traição ao filho, mas Justiça nega

Em um processo que durou quatro anos na Justiça paulista, com várias testemunhos, carta de mulher traída e prints de conversas de WhatsApp, um casal tentou provar que merecia ser indenizado pela ex-nora, por danos morais, em razão de um suposto caso extraconjugal que ela teve durante o casamento com seu filho.

A ação foi movida pelos pais do rapaz em maio de 2020, em Paraguaçu Paulista, no interior do estado, e só teve desfecho no mês passado, quando a 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou, pela segunda vez, o pedido de indenização no valor de R$ 50 mil, por considerar que a situação apenas trouxe “tristeza e decepção”.

À Justiça, o casal afirmou ter descoberto a traição após a morte do filho, ocorrida em 2019, após um acidente de trabalho. A esposa do amante da ex-nora do casal havia revelado tudo a eles. Disse que a relação extraconjugal existia há 14 anos e os dois planejavam ter filhos.

Antes de descobrir a traição, ela disse que a amante de seu marido, que era nora do casal que pediu indenização por danos morais, se aproximou dela um dia, no supermercado, para ficarem amigas, e passou a frequentar a casa em que ela vivia com o marido.

Relato feito em carta

Toda a história está em uma carta anexada ao processo. Nela, a mulher disse que gostaria de ter ido depor como testemunha do casal que moveu o processo contra a ex-nora, mas foi impedida pelo marido, que a teria trancado com cadeado na garagem de casa para ela não ir à audiência.

O processo mobilizou a vizinhança dos sogros que pediram a indenização em Paraguaçu Paulista. Foram arroladas testemunhas para contar à Justiça o que sabiam sobre os amantes. De formas distintas, elas disseram conhecer o relacionamento, mas o juiz da primeira instância concluiu que não era possível provar o caso extraconjugal.

O magistrado concluiu ainda que, mesmo assim, seria difícil reconhecer danos morais aos pais do filho traído. “Não bastasse a tormentosa questão da caracterização do dano moral nas relações conjugais, em razão do estabelecimento de relações extraconjugais, verifica-se que, no caso, quem alega ter sofrido o dano extrapatrimonial não é o cônjuge traído e sim os pais do cônjuge falecido”, escreveu o juiz Caio Taffarel Teixeira.

Os pais apelaram para o Tribunal de Justiça. De novo, houve discussão sobre os amantes na apelação. Por unanimidade, no entanto, os desembargadores negaram o pedido de indenização de R$ 25 mil para cada um dos pais do rapaz traído.

“Destaca-se que a reparação por danos morais é admitida quando demonstrada a existência de situação humilhante ou vexatória, e não por situação em que há natural tristeza e decepção”, disse o relator, desembargador Eneas Costa Garcia.

Fonte: Jornal Metrópoles

  • maio 3, 2024
Governo adia “Enem dos concursos” em todo o país por causa de chuvas no RS

O governo federal decidiu adiar o Concurso Público Nacional Unificado, conhecido como “Enem dos concursos”, em todo o país. As provas seriam aplicadas neste domingo (5).

O adiamento estava sendo avaliado pela equipe ministerial do governo, diante da situação de calamidade no Rio Grande do Sul, provocada por fortes chuvas que assolam a região.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil, Esther Dweck, cuja pasta está à frente na organização do concurso, chegou a consultar o advogado-geral da União, Jorge Messias, sobre as providências jurídicas que podem ser tomadas sobre o caso.

Na quinta-feira (2), a pasta havia dito em nota que a aplicação do concurso seria mantida no domingo.

Balanço divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul no início da tarde desta sexta mostra que o número de mortos em razão das fortes chuvas que atingem o estado desde o início da semana subiu para 37. Ao todo, 235 municípios foram afetados.

Como funciona o concurso

O Concurso Público Nacional Unificado selecionará candidatos para 80 carreiras em mais de 20 órgãos públicos do governo federal, incluindo ministérios, fundações, agências reguladoras e institutos de pesquisa.

Há vagas para profissionais de níveis médio, técnico e superior.

As carreiras estão divididas em oito blocos temáticos. No ato da inscrição, o candidato escolhia um dos blocos e indicava sua ordem de preferência entre as carreiras daquela opção, assim como os estudantes indicam a ordem de preferência das universidades.

A prova conta com perguntas objetivas, comuns a todos os candidatos, e objetivas e dissertativas específicas do bloco escolhido.

Fonte: G1

  • maio 3, 2024
Bebê nasce saudável após gestação rara fora do útero, no abdome da mãe

Uma mãe deu à luz a filha após passar por uma gestação rara, quando o bebê não se desenvolve no útero. O parto aconteceu em Barbalha, no interior do Ceará, no dia 22 de abril, e durou mais de três horas.

Genattan Morais, a mãe da criança, desenvolveu uma gravidez abdominal, quando o feto, ao invés de se alojar dentro do útero, vai parar em outra parte do corpo. Geovana Eloá nasceu com 35 semanas e pesando 2,250 kg.

Segundo os médicos o caso é raríssimo. A gravidez ectópica, como é chamado quando o bebê não se desenvolve no útero, acontece em cerca de 1% dos casos, mas a situação de Genattan e Geovana é ainda mais incomum, como explica o ginecologista Gilmar Sampaio, responsável pelo parto:

“Na grande maioria das vezes essa gravidez fica na trompa. Apenas 0,5% das gravidezes ectópicas é de gravidez abdominal. O que torna esse caso emblemático é que, além da raridade da gravidez acontecer, mais raro ainda é chegar até o final da maturidade. Essa situação foi um verdadeiro milagre”, diz Sampaio.

Gestação difícil

Genattan Morais deu à luz Geovana Eloá após uma gravidez rara em que o bebê se desenvolve fora do útero. — Foto: Lorena Tavares/SVM

Quando Genattan Morais engravidou não imaginava o que estava por vir. Primeiro, porque ela só descobriu a gestação quando estava com quatro meses. Além disso, as dores na barriga mostraram que a situação não era normal. “Eu sentia muitas dores. Até mesmo para me locomover de um cômodo para outro era uma dificuldade, mas fui levando até onde aguentei”.

Mesmo fazendo o pré-natal, no final da gestação, Genattan procurou respostas para as dores. Depois de uma ressonância magnética, descobriu que a bebê não estava no útero, mas dentro da cavidade abdominal. “Foi um susto”, disse a dona de casa.

Gestação difícil

Genattan Morais deu à luz Geovana Eloá após uma gravidez rara em que o bebê se desenvolve fora do útero. — Foto: Lorena Tavares/SVM

Quando Genattan Morais engravidou não imaginava o que estava por vir. Primeiro, porque ela só descobriu a gestação quando estava com quatro meses. Além disso, as dores na barriga mostraram que a situação não era normal. “Eu sentia muitas dores. Até mesmo para me locomover de um cômodo para outro era uma dificuldade, mas fui levando até onde aguentei”.

Mesmo fazendo o pré-natal, no final da gestação, Genattan procurou respostas para as dores. Depois de uma ressonância magnética, descobriu que a bebê não estava no útero, mas dentro da cavidade abdominal. “Foi um susto”, disse a dona de casa.

“A placenta acabou crescendo e agindo como uma espécie de um tumor. Ela acabou infiltrando vasos que nutrem parte do intestino grosso e parte do intestino delgado para ter a nutrição, para poder desenvolver o bebê, ou seja, para servir de alimento e oxigênio para o bebê. Então isso tornou a cirurgia complexa porque a gente precisava retirar a placenta”, explica o médico oncologista Diego Santos.

Apesar de todos os riscos, a operação foi bem-sucedida. Geovana continuou sendo acompanhada pela equipe da UTI neonatal, porém já se alimenta via oral e respira sem ajuda de aparelhos. Os pediatras afirmam que Geovana vai precisar apenas de fisioterapia para reposicionar os ossos da cabeça e das pernas, já que dentro da barriga ela ficou sem a proteção do útero.

A mãe Genattan também segue se recuperando no hospital e não vê a hora de abraçar a filha. “Dá uma saudade tão grande dela que quando eu vejo as fotos, sinto vontade de apertar”.

Promessa a Padre Cícero

Enquanto médicos e família comemoram o feito inédito, Genattan e o marido, Risael Vitorino Alves, correm para fazer o enxoval. É que a situação foi tão surpreendente que eles não conseguiram comprar o material com antecedência.

Além disso, a família tem um compromisso para cumprir quando a Geovana estiver maior. O pai fez uma promessa ao Padre Cícero para que tudo corresse bem. “Fiquei preocupado, mas tudo ia dar certo. Fiz uma promessa de subir o Horto do Padre Cícero [em Juazeiro do Norte] quando ela (Geovana) estiver grande. O Padim me atendeu quando precisei”, falou emocionado.

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes

  • maio 3, 2024
Com quatro tragédias climáticas em menos de 1 ano, RS soma mais de 100 mortes

Moradores se movimentam nas águas do Rio Taquari em Encantado, no Rio Grande do Sul — Foto: Diego Vara/Reuters

Em menos de um ano, quatro desastres climáticos atingiram o Rio Grande do Sul. Em 2023, três eventos ocorreram em junhosetembro e novembro, deixando 75 mortos. De acordo com especialistas, as causas das tragédias se diferenciam desta, que já deixou 32 mortos e 60 desaparecidos até o início desta sexta-feira (3)

Além dos mortos e desaparecidos, 36 pessoas ficaram feridas. A Defesa Civil soma cerca de 14,8 mil pessoas fora de casa, sendo 4.645 pessoas em abrigos e 10.242 desalojados (na casa de familiares ou amigos). Ao todo, 154 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 71,3 mil pessoas.

Junho de 2023: 16 mortos

Município de Caraá foi fortemente atingido pelo temporal — Foto: Jonas Campos/RBS TV

Município de Caraá foi fortemente atingido pelo temporal — Foto: Jonas Campos/RBS TV

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirma que o evento ocorrido entre os dias 15 e 16 de junho de 2023 no Rio Grande do Sul foi um ciclone extratropical. O desastre teria vitimado afetado 2 milhões de pessoas, deixando 3,2 mil pessoas desabrigadas e 4,3 mil desalojadas com destruição em mais de 40 cidades. Com a subida repentina da água dos rios, pessoas morreram afogadas nas próprias casas.

As causas da tragédia que vitimou 16 pessoas foram um mês com calor acima do normal, acompanhado da chegada de uma frente fria, de acordo com o chefe do Departamento de Geografia da UFRGS, professor Francisco Eliseu Aquino. As áreas mais afetadas foram a Região Metropolitana, Litoral Norte e parte da Serra.

“O ar frio tenta se expandir em direção à região sul tropical, por exemplo, o Rio Grande do Sul. Porém, nós tivemos o maio mais quente para toda a América do Sul em 170 anos. Significa que o contraste dessa massa de ar frio entre a Antártica e a região tropical da América do Sul promove a formação de um ciclone extratropical”, explica o especialista.

Setembro de 2023: 54 mortos

Resgate de família em Arroio do Meio — Foto: Divulgação/Brigada Militar

Resgate de família em Arroio do Meio — Foto: Divulgação/Brigada Militar

As enchentes que deixaram 54 mortos no RS em setembro de 2023. O episódio foi considerado o maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul até aquele período e afetou especialmente o Vale do Taquari. O fenômeno teve origem no dia 4 de setembro de 2023, a partir de um sistema de baixa pressão vindo do Paraguai. Até o momento, há quatro desaparecidos.

De acordo com o meteorologista da Climatempo, Gabriel Borges, há uma diferença entre o fenômeno visto em setembro e o desta semana. O de 2023 ocorreu a partir de um ciclone extratropical e as chuvas caíram de forma muito concentrada e rápida, com fortes rajadas de vento; diferente de agora, em que há a persistência da chuva.

“O ciclone que aconteceu em setembro foi mais potente porque se concentrou mais sobre o continente, ele passou muito próximo, ele passou sobre as regiões do Rio Grande do Sul, se sentou sobre a costa, ganhou intensidade, formou frente fria. Então, todo o processo de formação daquele ciclone foi muito forte'” revela.

Novembro de 2023: 5 mortos

Eldorado do Sul registra transtornos por causa da enchente — Foto: Eduardo Paganella/RBS TV

Eldorado do Sul registra transtornos por causa da enchente — Foto: Eduardo Paganella/RBS TV

Dois meses após o episódio que devastou o Vale do Taquari, grandes volumes de chuva vitimaram cinco pessoas. Ao menos 28 mil pessoas precisaram deixar as residências a partir de 17 de novembro. Os transtornos ocorreram especialmente próximos ao Rio Taquari, na Serra e Região Metropolitana de Porto Alegre.

De acordo com a responsável técnica pelo Núcleo de Informação Meteorológicas da Univates, Maria Angélica Gonçalves, esse evento climático está associado a sucessivas áreas de instabilidade e a passagem de frentes frias, que provocaram chuvas um pouco mais brandas.

“Mais uma vez o Vale foi afetado por cheias, já marcado por eventos de chuva excessiva, como nos meses de junho e setembro. Sem dúvida esses eventos são uma consequência do fenômeno El Niño que atuou em parte de 2023 e está atuando ainda no mês de maio de 2024”, afirma.

Maio de 2024: 32 mortos

Cheia do Rio Taquari no Rio Grande do Sul — Foto: Diego Vara/Reuters

Cheia do Rio Taquari no Rio Grande do Sul — Foto: Diego Vara/Reuters

Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde (29) já deixaram 32 pessoas mortas, segundo dados da Defesa Civil acrescida de órgãos locais, como Corpo de Bombeiros, prefeituras e Brigada Militar. As áreas mais atingidas são as regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre

Há 60 desaparecidos e 14,8 mil pessoas fora de casa, sendo 4.645 pessoas em abrigos e 10.242 desalojados. Dos 496 municípios do estado, 154 registraram algum tipo de transtorno.

Maria Angélica Gonçalves revela que o evento de maio “pode ser o maior evento de cheia do Vale, ultrapassando a de 1941 e 2023”. Isso pois há a tendência de chover até o próximo sábado (4). Ela afirma que uma sucessão de fatores contribuem para a formação da chuva extrema.

Ela pontua que, em primeiro, há o bloqueio de ar quente no centro do Brasil, que impede a chegada das frentes frias em direção ao Sudeste. Com isso, as frentes frias permanecem sobre a Região Central do estado e os Vales, sendo alimentadas incessantemente pelo fluxo de umidade que vem da Região Amazônia.

“[Teremos] volumes muito elevados. Para sexta-feira (3), a gente deve ter o nosso mais alto grau de alerta classificado aqui na Climatempo, que é o perigo extremo, onde a quantidade de chuva pode passar dos 100 milímetros em 24 horas”, diz Gabriel Borges.

Fonte: G1

  • maio 1, 2024
Região Sul pode ter episódios de microexplosão atmosférica e tempestades

Microexplosão é quando uma intensa corrente de vento se desprende da nuvem. — Foto: TV Globo/Reprodução
Foto: TV Globo/Reprodução

A previsão da meteorologia é de mais chuva para o Sul do Brasil nesta quinta-feira (2). Veja o que esperar:

Sul

Rio Grande do Sul e Santa Catarina podem registrar casos de microexplosão, que é quando uma intensa corrente de vento se desprende da nuvem de tempestade em direção ao solo. O forte impacto pode causar estragos.

Microexplosão é quando uma intensa corrente de vento se desprende da nuvem.

O Jornal Nacional conversou com o meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e ele disse que houve uma microexplosão em Santa Cruz do Sul (RS) no último sábado (27).

Esse fenômeno ocorre quando há grande diferença de temperatura e mudança na direção dos ventos.

Fonte: G1

  • maio 1, 2024
AstraZeneca e Covid: risco de trombose aumenta sem vacina, diz Fiocruz

Ex-presidente da Anvisa e médico sanitarista da Fiocruz, Claudio Maierovitch afirma que o risco de se contrair trombose é muito maior sem a vacina para Covid-19 do que com o imunizante. O assunto voltou a ganhar repercussão após a gigante farmacêutica AstraZeneca admitir, à Justiça da Inglaterra, o raro efeito colateral.

“Esse tema da trombose surgiu ainda em 2021, quando as vacinas começaram a ser utilizadas. E aí cada vacina apresentou uma proporção bastante pequena de eventos adversos, incluindo Jansen, Pfizer… Na época, começou a se observar uma ocorrência muito rara de trombose de vasos cerebrais [na AstraZeneca], mas na maior parte dos casos não era nada grave”, afirmou Maierovitch. Ele continuou:

“Foi um consenso na comunidade científica] que, embora houvesse risco muito pequeno, esse risco era muito inferior ao relacionado à doença em si, a Covid-19. Porque em pessoas não vacinadas, a Covid pode provocar uma infecção grave, com alteração da coagulação e ocorrência de trombose em várias partes do corpo, inclusive nos pulmões.”

“Na gravidade da doença como um todo, a trombose era um dos aspectos relacionados à dificuldade respiratória. Não à toa tivemos a estatística horrorosa de óbitos que tivemos. Só passamos a ter redução consistente depois que tivemos uma quantidade grande de pessoas vacinadas”, prosseguiu o médico sanitarista.

“Acho que os efeitos colaterais assustam, mas às vezes a gente se esquece do que acontecia antes. É importante que se preste atenção, porque já passou aquele momento [de pico da contaminação] e agora é possível escolher qual vacina é mais adequada para cada grupo populacional, de modo a evitar efeitos adversos”, concluiu Claudio Maierovitch.

AstraZeneca no Brasil

No Brasil, a AstraZeneca foi aplicada em 153 milhões de pessoas, sobretudo em 2021 e 2022. Atualmente, ela não tem sido usada pelo sistema público de saúde. O governo tem recorrido às vacinas da Pfizer e da Moderna [nos últimos dias, o Ministério da Saúde comprou 12,5 milhões de doses do imunizante].

A AstraZeneca reconheceu a ocorrência de trombose, em casos raros, em um processo movido por 51 famílias na Inglaterra. O grupo pleiteia uma indenização que se aproxima de R$ 700 milhões.

Fonte: Jornal Metrópoles

  • maio 1, 2024
Temporais no RS: ‘Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates’, diz Eduardo Leite

O governador do Rio Grande do Sul disse, nesta quarta-feira (1º), que o temporal que atinge a região desde segunda-feira (29) “será o maior desastre do estado”Eduardo Leite (PSDB) comparou a situação com as tragédias de 2023, que mataram dezenas de pessoas, e admitiu a dificuldade de resgatar todas as pessoas afetadas.

A manifestação foi feita durante entrevista coletiva na sede da Defesa Civil, em Porto Alegre. Os temporais já deixaram 10 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, segundo a Defesa Civil. O último boletim informou 4,4 mil desalojados e desabrigados no estado.

“Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades”, disse Leite.

O governador pediu que as pessoas que vivem nas cidades afetadas saiam de casa, porque as forças de segurança não conseguem chegar a todos os locais para resgate.

Ao todo, foram registrados problemas em 107 municípios, afetando 19.110 pessoas. A previsão do tempo alerta para risco de chuva por, pelo menos, mais 36 horas no RS.

Na terça (30), Leite chegou a pedir “urgência” da ajuda federal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Força Aérea enviou helicópteros, mas o resgate foi difícil em razão das condições climáticas. Lula afirmou que visitará o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (2).

“É um momento de enfrentamento como de uma guerra, que não tem um inimigo a ser combatido, mas que tem obstáculos críticos para serem superados”, falou Leite.

Nos eventos climáticos de 2023, 16 pessoas morreram em junho, 54 em setembro e cinco em novembro.

“[Em 2023] Nós tivemos uma enxurrada, mas, em seguida, o tempo nos deu condição de entrar em campo para fazer socorro, resgate e salvar centenas de vidas naquelas condições. Neste momento, nós estamos tendo muitas dificuldades operacionais para colocar as equipes em campo”, afirmou o governador.

Barragens

Eduardo Leite ainda falou do risco de rompimento da barragem Quatorze de Julho na Serra do RS.

“Caso continuem as chuvas, nós podemos ter um risco real de rompimento dessa barragem. Municípios que são afetados são Cotiporã, São Valentim, Santa Bárbara, Santa Teresa, Muçum”, alertou.

O estado tem um plano de evacuação da região, segundo Leite.

Temporais provocam mortes e estragos no ES — Foto: Arte/g1

Temporais provocam mortes e estragos no ES — Foto: Arte/g1

Fonte: G1

  • maio 1, 2024
Ayrton Senna: Os 30 anos da morte de um ícone brasileiro

Trinta anos se passaram desde o trágico dia em que o mundo perdeu Ayrton Senna, mas a presença dele ainda ressoa nos corações e mentes dos fãs de automobilismo ao redor do mundo. Nascido no Brasil em 1960, Senna não era apenas um piloto de Fórmula 1 excepcional; ele era uma força da natureza, uma mistura única de habilidade inigualável, determinação feroz e uma devoção apaixonada pelo esporte que o tornou uma lenda viva.

Senna não apenas dominou as pistas de corrida, conquistando três campeonatos mundiais (1988, 1990, 1991) e acumulando 41 vitórias na Fórmula 1, mas também cativou o público com uma personalidade e compromisso inabaláveis, com a excelência. Seu estilo de pilotagem agressivo e determinado era uma marca registrada, assim como sua habilidade inigualável de pilotar sob pressão, deixando adversários e fãs maravilhados a cada corrida.

Títulos

1988: O primeiro título mundial

A temporada de 1988 foi um marco na carreira de Senna. Ele se juntou à equipe McLaren-Honda, formando uma parceria lendária que dominaria a Fórmula 1 naquele ano. Senna foi além e estabeleceu um padrão de excelência, conquistando oito vitórias e nove pole positions em 16 corridas. A habilidade sob condições difíceis, como chuva intensa, ficou evidente em corridas memoráveis, como o Grande Prêmio de Mônaco, onde liderou de ponta a ponta sob forte chuva. Essa temporada não apenas lhe garantiu o primeiro título mundial, mas também cimentou sua reputação como um dos pilotos mais talentosos da história.

1990: Uma batalha épica com Prost

Em 1990, Senna enfrentou uma batalha intensa com seu arquirrival Alain Prost, que competia pela equipe Ferrari. A rivalidade entre os dois atingiu seu auge no Grande Prêmio do Japão, em que uma colisão controversa na primeira curva tirou ambos da corrida, mas garantiu o título para Senna. Essa temporada foi marcada por momentos de drama e tensão, destacando não apenas a habilidade de Senna como piloto, mas também sua determinação inabalável em conquistar a vitória a qualquer custo.

1991: Tricampeonato

O terceiro título mundial de Senna veio em 1991, mais uma vez pilotando pela McLaren-Honda. Ele enfrentou uma concorrência acirrada de pilotos como Nigel Mansell e Riccardo Patrese. Senna venceu sete corridas ao longo da temporada, demonstrando consistência e domínio em várias condições de pista. Seu terceiro título mundial solidificou seu lugar na história da Fórmula 1 como um dos maiores pilotos de todos os tempos.

Carreira fora da Fórmula 1

Antes de se tornar um ícone da Fórmula 1, Ayrton Senna trilhou um caminho de sucesso em várias categorias do automobilismo. A jornada começou nas pistas de kart no Brasil. Senna conquistou vários títulos no cenário brasileiro.

Depois, assumiu um carro na Fórmula Ford britânica em 1981 e, em seguida, Fórmula 3. As passagens o preparou para o próximo desafio: a Fórmula 1.

Senna também se aventurou em corridas de resistência, incluindo as lendárias 24 Horas de Le Mans. Em 1984, demonstrou versatilidade como piloto, mesmo que sua estreia tenha sido marcada por contratempos mecânicos.

Apesar de alcançar o auge de sua carreira na Fórmula 1, Senna nunca esqueceu suas raízes no kart. Mesmo após conquistar sucesso nas pistas internacionais, ele ocasionalmente retornava às suas origens, competindo em corridas de kart por diversão e nostalgia.

A superstição e espiritualidade de Ayrton Senna

Ayrton Senna também era conhecido pela crenças profundas em superstição e espiritualidade. Ele tinha uma série de rituais e práticas que seguia antes de cada corrida, que acreditava que o ajudariam a alcançar o máximo desempenho e proteção durante as competições.

Um dos rituais mais conhecidos era entrar no carro sempre do mesmo lado direito. Para Senna, essa prática era mais do que apenas um hábito; era uma parte essencial de sua preparação mental e física para a corrida, ajudando-o a se concentrar e se conectar com o carro antes de enfrentar os desafios da pista.

Além disso, Senna também tinha o hábito de rezar antes de cada corrida. Ele acreditava profundamente na importância da espiritualidade e da conexão com uma força superior para obter proteção e orientação durante as corridas. Senna reservava um momento antes de cada largada para se concentrar, meditar e orar, buscando forças para enfrentar os desafios que estavam por vir.

Outro aspecto importante da superstição de Senna era a presença de objetos de proteção no carro durante as corridas. Ele era conhecido por carregar um pequeno crucifixo e uma bandeira do Brasil, vendo esses objetos como símbolos de proteção e orgulho de fé e patriotismo.

A relação de Ayrton Senna com o Brasil

Ayrton Senna era mais do que um simples ícone esportivo para o Brasil – ele era uma figura que inspirava orgulho nacional e representava o espírito do país de muitas maneiras, e é considerado herói nacional até os dias atuais. Desde o início da carreira, Senna demonstrou um profundo amor e compromisso com a pátria.

O sucesso de Senna nas pistas era motivo de celebração em todo o Brasil. Nas ruas do Brasil, bandeiras verde e amarelas tremulavam em apoio a Senna em cada corrida, e sua popularidade era incomparável.

A resposta ao povo vinha no envolvido de Senna em questões sociais e filantrópicas. O piloto se dedicava a ajudar comunidades carentes, apoiando projetos de educação, saúde e bem-estar em todo o país.

A tragédia que marcou o fim da carreira de Senna

A tragédia que marcou o fim da carreira de Ayrton Senna ocorreu durante o Grande Prêmio de San Marino em 1º de maio de 1994. Enquanto liderava a corrida em Imola, o carro de Senna saiu da pista em alta velocidade na curva Tamburello e colidiu violentamente contra o muro de concreto. O impacto foi tão severo que danificou gravemente o carro e deixou Senna inconsciente.

Os fiscais de pista e equipes médicas prontamente intervieram, retirando Senna dos destroços e levando-o de helicóptero para o hospital Maggiore em Bolonha. No entanto, os ferimentos internos causados pelo impacto foram fatais. A morte de Senna foi anunciada horas depois, mergulhando o mundo do automobilismo em luto e choque.

A investigação sobre o acidente revelou falhas estruturais no carro e deficiências nas barreiras de proteção da pista. Essas descobertas levaram a mudanças nos padrões de segurança da Fórmula 1, incluindo a reformulação dos circuitos e a implementação de medidas de segurança mais rigorosas para proteger os pilotos. As melhorias incluíram a introdução do dispositivo de proteção para a cabeça dos pilotos (HANS), aprimoramentos nos chassis dos carros e medidas mais rigorosas de segurança em circuitos.

O impacto do acidente de Senna transcendeu as pistas de corrida, promovendo uma cultura de segurança mais robusta na Fórmula 1 e reforçando o compromisso com a proteção dos pilotos contra incidentes semelhantes no futuro.

O legado de Ayrton Senna

O legado de Ayrton Senna transcende o mundo das corridas. Sua determinação, paixão e compromisso com a excelência inspiraram milhões em todo o mundo, dentro e fora do automobilismo.

Senna não era apenas um piloto excepcional, mas também um homem de profunda integridade e humanidade. Ele usou sua influência como estrela do esporte para fazer a diferença na vida dos menos favorecidos, demonstrando um compromisso genuíno com a responsabilidade social e a filantropia.

Seu trabalho por meio do Instituto Ayrton Senna continua a impactar positivamente a vida de crianças e jovens em todo o Brasil, proporcionando oportunidades educacionais e promovendo o desenvolvimento humano e social. O Instituto é um testemunho vivo do contínuo compromisso de Senna em melhorar as condições de vida das pessoas em sua terra natal.

Além disso, Senna era um símbolo de orgulho nacional para o Brasil e uma fonte de inspiração para muitos ao redor do mundo. Sua história de perseverança, determinação e superação continua a ressoar com aqueles que buscam alcançar seus próprios sonhos e superar desafios.

Fonte: SBT News

  • abril 30, 2024
Temporais deixam 5 mortos e 18 desaparecidos no RS

Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) já deixaram cinco mortes e 18 desaparecidos. Segundo a Defesa Civil, 77 cidades registraram problemas em razão da chuva.

Duas mortes ocorreram em Paveramaapós um carro ter sido arrastado pela enxurrada. As vítimas não foram identificadas.

A terceira morte ocorreu em Pantano Grande, segundo a Defesa Civil. Nercio Giovane Silveira Farias, de 60 anos, sofreu uma descarga elétrica ao tentar desligar um disjuntor após o temporal.

Duas mulheres foram encontradas mortas, uma em Encantado e outra e no limite entre Itaara e Santa Maria.

Os desaparecimentos foram registrados em Candelária (oito pessoas), Encantado (seis) e Roca Sales (quatro).

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou em uma live na tarde desta terça-feira (30) que, até o momento, o cenário das chuvas se assemelha ao de novembro do ano passado. Na ocasião, as chuvas causaram transtornos de forma esparsa e cinco mortes, diferente das enchentes de setembro – que resultaram em mais de 50 mortes.

Em Roca Sales, no Vale do Taquari, uma família ficou soterrada após um deslizamento de terra. Um homem que estaria na casa atingida está desaparecido. O filho do casal conseguiu sair pelo telhado e se salvar, e a mulher foi resgatada por moradores.

Uma ponte foi levada pela correnteza do rio que divide as cidades de Santa Maria e Restinga Seca, na Região Central do Rio Grande do Sul. A queda ocorreu na tarde desta terça-feira (30), no km 228 da RSC-287.

Uma ponte de concreto cedeu e foi levada pela correnteza que se formou no Arroio Barramansa, em Santa Tereza, na Serra. A queda da ponte ocorreu no momento em que a prefeita Gisele Caumo (PP) gravava um vídeo alertando sobre os impactos da chuva.

  1. Quaraí
  2. Relvado
  3. Restinga Seca
  4. Rio Pardo
  5. Roca Sales
  6. Santa Clara do Sul
  7. Santa Cruz do Sul
  8. Santa Maria
  9. Santa Maria do Herval
  10. Santa Tereza
  11. Santana da Boa Vista
  12. Santiago
  13. São João do Polêsine
  14. São Leopoldo
  15. São Martinho da Serra
  16. São Pedro do Sul
  17. São Sebastião do Caí
  18. Segredo
  19. Sinimbu
  20. Sobradinho
  21. Taquara
  22. Três Arroios
  23. Tunas
  24. Vale Real
  25. Venâncio Aires
  26. Vera Cruz
  27. Viamão Fonte: G1