• julho 10, 2024
Goleiro dentro de campo leva tiro na perna disparado por PM

O goleiro Ramón Souza, do Grêmio Anápolis, foi atingido por um tiro de borracha disparado por um policial militar de Goiás na noite desta quarta-feira (10/7). O caso ocorreu durante uma partida oficial em Anápolis, no centro do Estado. O atleta foi atendido em campo e encaminhado, sangrando, para uma unidade de saúde. Não se sabe o estado de saúde dele.

O disparo do tiro foi durante uma confusão após a partida que era válida pela 12ª rodada da divisão de acesso do Campeonato Goiano, na qual o Grêmio foi derrotado pelo Centro-Oeste por 2 a 1. O clube divulgou, nas redes sociais, uma nota na qual repudiou o ato e atribuiu o fato a um policial do Comando de Policiamento Especializado (CPE).

Na publicação, o clube disse que o jogador foi “atingido de forma covarde”. “Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam no Estádio Jonas Duarte, em Anápolis“.

Pela transmissão da Federação Goiana de Futebol (FGF) foi possível ouvir o momento do disparo. O jogador Gustavo do Grêmio Anápolis concedia uma entrevista quando houve o estrondo e a conversa foi interrompida. A transmissão não mostrava o local onde o goleiro estava. No entanto, uma câmera de celular mostra o momento do tiro.

Um policial de farda de cor preta, característica do CPE, se aproxima da confusão, posiciona a arma de cano longo em direção ao goleiro e dispara. É possível ver uma pequena explosão no momento do tiro. O jogador do Grêmio Anápolis caminha para trás e logo em seguida sai pulando. Depois do tiro, os colegas de clube chamam o socorro.

Metrópoles pediu explicações à Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO). Por meio de nota, a corporação informou que foi determinado “imediatamente” a abertura de um procedimento administrativo para apurar o caso.

“A Polícia Militar de Goiás reafirma o compromisso com o cumprimento da lei, e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros”, finaliza.

Fonte: Metrópoles

  • julho 7, 2024
Uruguai vence nos pênaltis após jogo ruim, e Seleção Brasileira está eliminada da Copa América

Seleção Brasileira e o Uruguai empataram em 0 a 0 no tempo regulamentar, mas a Celeste venceu a disputa de pênaltis. A partida disputada neste sábado (6) valeu pelas quartas de final da Copa América, e o Brasil está eliminado da competição.

Agora, o próximo adversário do Uruguai será a Colômbia, na semifinal.

A Seleção Brasileira e o Uruguai fizeram jogo truncado, físico, praticamente sem chances claras de gol durante todo o tempo normal. Os uruguaios foram ligeiramente superiores no controle da posse de bola, mas ficaram em desvantagem numérica com a (justa) expulsão de Nández no segundo tempo, após dar carrinho violento em Rodrygo. Com um a mais, o Brasil sem conseguir ameaçar, e a partida terminou empatada.

Nos pênaltis, Eder Militão e Douglas Luiz desperdiçaram as cobranças. Enquanto isso, o Uruguai converteu todas as suas penalidades.

Fonte: Lance.com

  • julho 6, 2024
Governo federal anuncia “pente-fino” em benefícios do INSS

O governo anunciou um pente-fino em 800 mil benefícios temporários do INSS. O Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, esclareceu que nem todos os beneficiários serão convocados para perícia presencial, pois alguns casos podem ser resolvidos por cruzamento de dados e inteligência artificial. Segundo Lupi, a revisão de benefícios sociais temporários, como o auxílio-doença, deveria ocorrer a cada dois anos, mas não é realizada desde 2019.

O objetivo da revisão é verificar a validade dos benefícios vigentes há mais tempo. “Para entrar na checagem de possíveis fraudes. Ninguém aqui é tribunal de inquisição, não. Não estamos aqui para tirar direito de ninguém. Direito é quem tem direito”, disse Lupi.

Lupi também destacou que a utilização de cruzamento de dados evitará a formação de filas nos postos de atendimento, facilitando o processo de revisão. “Estamos tratando de 40 milhões de seres humanos. Não é o número financeiro que tem que ser discutido nessa hora. Eu quero discutir  o número financeiro se dinheiro mal aplicado, na corrupção, no juro execido de juros impacáveis que nós temos, nas taxas de juros exorbitantes que nós temos, que fazem aumentar a dívida interna e externa brasileira”, continuou ele. 

A medida faz parte do plano do governo para cortar despesas e cumprir a meta de zerar o déficit nas contas públicas. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo deve bloquear R$ 25,9 bilhões do orçamento federal.

Fonte: Jovem Pan

  • julho 2, 2024
Lei reconhece Nova Friburgo como ‘Suíça Brasileira’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.910, 2024, que concede ao município de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, o título de “Suíça Brasileira”. O município foi criado no contexto da imigração suíça para o Brasil, no século 19. A nova lei foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (2).

A iniciativa teve origem no PL 6.207/2023, projeto de lei da Câmara dos Deputados. No Senado, essa proposta recebeu parecer favorável do senador Romário (PL-RJ) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

Quando apresentou o projeto, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) argumentou que o título seria um incentivo ao turismo e também o reconhecimento da identidade cultural do município.

Já para Romário, a proposta se justifica pela fundação da Colônia de Nova Friburgo, considerada o marco inicial da imigração suíça no Brasil. 

— Os primeiros imigrantes suíços chegaram entre 1819 e 1820 e se instalaram na região, localidade de clima ameno e paisagens montanhosas que lembrava o ambiente alpino do país europeu. Em homenagem ao Cantão de Friburgo, de onde quase metade dos colonos era originária, foi atribuído o nome de Nova Friburgo à sede da povoação — destacou o senador em maio, quando a matéria foi aprovada na CE.

Na ocasião, Romário também afirmou que a cidade mantém viva a cultura e tradições de seus fundadores por meio de festivais gastronômicos e feiras. Ele também ressaltou que a legislação estadual já havia conferido título semelhante à cidade.

Fonte: Agência Senado

  • julho 1, 2024
30 anos do Plano Real: R$ 1 em 1994 equivale a mais de R$ 8 hoje

Três décadas após o lançamento do Plano Real, comemorado nesta segunda-feira (1º), a inflação acumulada no período foi de 708%, segundo a calculadora do Banco Central (BC).

Em termos práticos, isso quer dizer que algo que se comprava com R$ 1 a partir de julho de 1994 equivale a atuais R$ 8,08, com base na última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em maio.

A perda de peso da moeda também é observada em comparação às cédulas lançadas em 1994.

Uma nota de R$ 5 há 30 anos equivale a R$ 40,40 hoje, enquanto R$ 10 são corrigidos a 80,80.

Seguindo a conta, a cédula R$ 50 em 1994 é o mesmo que R$ 404,01, já R$ 100 correspondem a R$ 808,02.

30 anos de consolidação

A variação acima de 700% do valor do real em 30 anos chama a atenção, porém, olhando os dados históricos, é apenas uma fração da realidade brasileira entre os anos 1980 e início da década de 1990.

Era a época da hiperinflação, com ritmo frenético de avanço dos preços que corroía o poder de compra dos brasileiros.

Para ilustrar este quadro, em 1984, a inflação anual do país registrou uma alta acumulada de 215,27%. Nos anos subsequentes, o índice seguiu a galope até alcançar impressionantes 2.477,15%, em 1993.

A consolidação do Plano Real derrubou drasticamente a variação de preços, mostram os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desde 1995 — primeiro ano cheio após a implementação da nova moeda — o IPCA encerrou o ano acima de dois dígitos em quatro ocasiões: 1995 (22,41%), 2002 (12,53%), 2015 (10,67%) e 2021 (10,06%).

Em 2023, o indicador fechou o ano com avanço de 4,62%.

Fonte: CNN

  • junho 30, 2024
Por poucas chuvas e altas temperaturas, Aneel aciona bandeira amarela e conta de luz deve subir em julho

O governo federal acionou a bandeira amarela da tarifa da energia elétrica para o mês de julho. Com esta mudança, a tarifa dever ficar R$ 1,88 mais cara a cada 100kwh. 

Esta é a primeira vez que o governo altera o patamar das bandeiras tarifárias desde abril de 2022. Desde então, a bandeira havia permanecido verde, o que indica uma situação normal no consumo de energia.

De acordo com Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as razões para alteração foram a previsão de altas temperaturas no inverno, a “previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período”. 

Segundo a Aneel, a previsão de pouca água nas hidrelétricas forçará o acionamento das termelétricas, que têm um custo operacional mais caro. Essa mudança influencia do preço final repassado ao consumidor. 

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015. Ele tem o objetivo de garantir mais transparência sobre os fatores que compôem o preço da energia no país e conscientizar o consumidor sobre o uso sustentável. 

“Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas. Antes das bandeiras, o repasse desses custos de operação era feito apenas nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.”, afirmou a agência, em comunicado publicado na última sexta-feira (28). 

Em março, a Aneel reduziu em 37% o valor da bandeira amarela. A diminuição foi influenciada, na época, pelas projeções de uma oferta de água mais favorável, pela “grande oferta de energia renovável” e também pela situação do preços dos combustíveis fósseis no mercado internacional.

Fonte: Brasil de Fato

  • junho 30, 2024
Identificado pela primeira vez no Brasil, vírus de plantas pode atacar cultivo agrícola

Pela primeira vez no Brasil cientistas encontraram o Bidens mottle virus (BiMoV), transmitido por pulgões e que pode afetar o desenvolvimento de plantas, na cidade de Santa Bárbara do Oeste. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de identificar o vírus em outras regiões do Brasil para verificar danos em cultivos de importância econômica onde já foi verificada a transmissão, como alface, chicória e girassol. O estudo foi feito pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, e pela Unesp, em Botucatu.

A identificação do vírus teve início com a descoberta de três plantas de zínia (Zinnia sp.) que tinham a doença do mosaico (estrias de cor amarela ou branca, em forma de mosaico), deformação das folhas e variegação floral (mudanças da cor em partes do caule e das folhas) e duas plantas de picão-preto (Bidens pilosa), com sintomas de manchas foliares. As espécies foram encontradas nas proximidades de um pomar de maracujazeiros no município de Santa Bárbara do Oeste e amostras dessas plantas foram analisadas no microscópio eletrônico de transmissão.

“Os resultados revelaram a presença de partículas virais do tipo potyvirus. Trata-se de um gênero cujas partículas são alongadas e flexuosas e foram transmitidos por pulgões na picada de prova para a identificação da planta hospedeira”, relata o professor Jorge Alberto Marques Rezende, integrante do grupo de pesquisadores. “Com base nessa evidência, foi realizado o sequenciamento completo do genoma do vírus e confirmou tratar-se do BiMoV.”

Segundo o professor da Esalq, o vírus, como todos do mesmo tipo, é transmitido por pulgões (afídeos). “Essa picada acontece em alguns segundos ou minutos”, descreve. “Nesse processo o pulgão adquire o vírus na planta doente e na sequência transmite para a planta sadia.”

Infecção

Embora os pesquisadores tenham apenas reportado os sintomas apresentados pelas plantas sem fazer avaliação de danos, Rezende afirma que a infecção provavelmente afetou o desenvolvimento das espécies. “É possível que o vírus já estivesse presente no País há muito tempo, porém ainda não tinha sido detectado”, observa. “Isso aconteceu provavelmente porque ele não estava infectando e causando danos em alguma planta cultivada de valor econômico.”

“Experimentalmente, esse vírus foi transmitido para plantas de alface, chicória e girassol, onde pode, em teoria, causar algum dano dependendo da ocorrência da infecção”, aponta Rezende. “No entanto, até o momento não há relato desse vírus nessas plantas no Brasil.”

O professor faz uma recomendação sobre a necessidade de fazer estudos adicionais para identificar se há ocorrência do BiMoV em outras regiões do país. “Esse trabalho servirá para encontrar evidências de ocorrência e danos em plantas de importância econômica que mereçam atenção”, conclui. A descoberta é descrita no artigo “First occurrence of bidens mottle virus in Brazil: biological and molecular characterization of isolates infecting Zinnia sp. and Bidens pilosa”, publicado na revista Scientia Agricola, editada pela Esalq, no último dia 11 de dezembro.

A pesquisa teve a participação dos pesquisadores Gabriel Madoglio Favara, Camila Geovana Ferro, Vinicius Henrique Bello, Felipe Franco de Oliveira, Heron Delgado Kraide, e dos professores Elliot Watanabe Kitajima e Jorge Alberto Marques Rezende. Na Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), integraram o grupo de pesquisa Marcos Roberto Ribeiro-Junior e a professora Renate Krause-Sakate.

Fonte: Governo de São de Paulo

  • junho 29, 2024
Indígena entrega sandália a Marina e pede para buscar outro pé em aldeia

Quando todos já haviam terminado de falar e se preparavam para deixar a sala onde foi realizada entrevista coletiva das ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e do governador, Eduardo Riedel (PSDB), na manhã desta sexta-feira (28) em Corumbá, uma voz se levantou.

A voz em questão era do indígena Anízio Guilherme da Fonseca, da etnia Guató, que ainda tinha o que dizer para as pessoas os presentas, principalmente para as autoridades que haviam acabado de dar entrevista.

Com duas sandálias de aguape e um livro na mão, Anízio tomou a palavra para si. Pediu ajuda dos deputados federais Vander Loubet (PT) e Camila Jara (PT) para entregar um dos calçados à ministra Marina Silva, que negou a intermediação e pegou direto da mão dele. Uma sandália também foi entregue a Riedel.

Anízio então explicou entregaria apenas um pé do par para cada um dos dois, porque o outro eles teriam de pegar direto na aldeia Guató. “A outra vocês vão buscar lá nas aldeias guató. Vocês vão ter a responsabilidade de defender a resistência das nossas mulheres de fibra”.

Em resposta, o governador disse que iria junto de Marina pegar o outro par da sandália, ao que a ministra completou citando o a reflexão de um escritor e, e finalizou, cometendo um dos erros mais incômodos para os sul-mato-grossenses, a falta do “Sul”, no nome do estado.

“Eu vi aqui um símbolo de muitos interessantes. Tem uma frase de um escritor que diz que a gente é tudo anjo de uma só asa.   Só consegue voar se estiver abraçado. Agora você me ensinou que nós somos pessoas de uma só perna e só conseguimos caminhar se estiver abraçado. Eu quero continuar abraçada com o Mato Grosso”, disse ministra que teve a palavra completada com “do “Sul”.

Entrevista – Após sobrevoar o Pantanal de Corumbá na manhã desta sexta-feira (28), as ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, concederam entrevista coletiva e atribuíram a ação criminosa humana como a principal responsável pelo alto índice de incêndios na região. 

“Os incêndios que estão acontecendo agora, eles têm uma junção perversa: mudança do clima, escassez hídrica severa e o desmatamento com uso de fogo. É isso que está fazendo o que a gente veja o Pantanal em chamas”, comentou a ministra Marina Silva. A ministra destacou que a devastação do bioma é resultado de uma série de ações humanas que agravam as condições naturais já desfavoráveis. 

Marina também enfatizou a responsabilidade das propriedades privadas na propagação dos incêndios. “Mão humana pode fazer muita coisa boa como estamos fazendo aqui, mas pode fazer também muitas coisas ruins, que é queimar um bioma único, como é o caso do Pantanal. 85% dos incêndios estão se dando em propriedades privadas. Os municípios que mais desmataram são os que mais têm incêndio. No caso de Corumbá, o ano passado tivemos um aumento de desmatamento de 50%, não por acaso está respondendo agora por 50% dos incêndios”, ressaltou.

Fonte: campograndenews

  • junho 26, 2024
STF fixa em 40g quantidade de maconha para diferenciar usuário de traficante

O Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu nesta quarta-feira (26) o parâmetro de 40g ou seis plantas fêmeas como critério para diferenciar usuários de traficantes de maconha, no julgamento que descriminalizou o porte da droga para consumo próprio.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, explicou que o limite de 40g é “relativo”. Isto é, se uma pessoa portar menos que essa quantidade de maconha, mas, segundo o policial, adotar práticas de tráfico, deverá ser processada criminalmente.

A determinação também é temporária, e permanece em vigor até que o Congresso Nacional defina novos critérios. Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados um projeto sobre o tema, que criminaliza tanto o porte quanto o tráfico, mas não estabelece um parâmetro para fazer essa distinção.

Decisão do STF

Por maioria, a Corte definiu nessa terça-feira (25) que não se enquadra como crime a conduta de portar maconha para uso próprio. Ou seja, uma pessoa que tem consigo uma quantidade da substância para consumo individual (até 40g) não responderá na esfera penal por delito.

🚨Isso não significa que a prática foi legalizada. As pessoas não estão liberadas a uso em qualquer lugar. Quem tiver a substância, mesmo na quantidade de uso próprio, ainda estará cometendo ato ilícito, ou seja, violando a lei.

Se isso ocorrer, a pessoa estará sujeita a sanções como advertência sobre os efeitos das drogas e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

Nas partes da tese votadas até a última atualização desta reportagem, os ministros haviam decidido que:

▶️ Porte de maconha para uso pessoal não gera antecedente criminal;

▶️O usuário também não poderá ser punido com pena de serviço comunitário;

▶️Está fixada a quantidade de 40g ou seis plantas fêmeas de cannabis sativa como parâmetro para diferenciar usuário de traficante;

▶️Na decisão da terça-feira, ao descriminalizar o porte para uso pessoal da maconha, o STF determinou que esse ato será um ilícito administrativo. Ou seja, não é crime nem estará sujeito a sanções penais;

▶️Na fixação da tese, ministros entenderam que as sanções administrativas serão comparecimento a cursos educativos e advertência sobre efeitos das drogas.

Diferenças entre descriminalização, despenalização e legalização

  • Despenalizar significa substituir uma pena de prisão (que restringe a liberdade) por punições de outra natureza (restrições de direitos, por exemplo).
  • Legalizar é estabelecer uma série de leis que permitem e regulamentam uma conduta. Estas normas organizam a atividade e estabelecem suas condições e restrições – regras de produção, venda, por exemplo. Também pune quem descumpre o que for definido. Na prática, é autorizar por meio de uma regra.
  • Já descriminalizar consiste em deixar de considerar uma ação como crime. Ou seja, em âmbito penal, a punição deixa de existir. Mas é possível ainda aplicar sanções administrativas ou civis.

Fonte: G1

  • junho 26, 2024
Maconha: Flávio Bolsonaro acusa STF de “liberar o tráfico de drogas”

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou uma rede social nesta terça-feira (25/6) para acusar o Supremo Tribunal Federal (STF) de “na prática” liberar o tráfico de rogas no Brasil. No entanto, o que a corte decidiu nesta terça foi descriminalizar o porte de maconha para consumo.

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro afirma que estabelecer uma quantidade de “drogas” que a pessoa pode “possuir” e não ser considerada criminosa fará com que os traficantes de drogas circulem com pequenas quantidades das substâncias ilícitas. “Na prática o que o STF acabou de fazer foi liberar o tráfico de drogas”, resumiu o parlamentar, em vídeo.

O senador emendou: “os chamados aviõezinhos do tráfico serão a profissão que mais cresce no Brasil”. Ele ainda ironizou que os criminosos terão sindicato para a atividade.

Para Flávio, o entendimento do STF sobre porte fará com que aumente o consumo de drogas e a violência. “Esse dinheiro vai ser usado para comprar ainda mais armas ilegais. Serão mais armas nas mãos de bandidos, usadas para roubar celular, assaltar ônibus, roubar caminhões de carga”, afirmou.

Outra consequência da decisão do STF é, no entendimento de Flavio, uma suposta sobrecarga no Sistema Único de Saúde (SUS) decorrente do crescimento da dependência química.

“Um sistema de saúde que já tem sérios problemas, terá ainda mais dificuldades para atender quem precisa fazer uma cirurgia, fazer um exame, tratar uma doença grave ou ser atendido em uma emergência grave”, disse o senador.

Entenda

O julgamento do STF foi provocado pelo Recurso Extraordinário nº 635.659. O dispositivo judicial foi feito pela Defensoria Pública em um processo no qual o réu foi condenado por porte de maconha para uso pessoal. O argumento é que o consumo próprio não implica em prejuízo à saúde pública. O questionamento passou pelas instâncias inferiores até chegar à corte suprema do país. A decisão do STF tem repercussão geral, ou seja, deve ser aplicada em todos os casos semelhantes a partir de agora.

Ainda falta a corte discutir e chegar a uma decisão sobre a tese, o que deverá ocorrer na quarta-feira (26/6). A expectativa é que só então se chegue a um termo sobre a quantidade limite que caracteriza o usuário. A sugestão para que o peso máximo de 40g de maconha seja estabelecido tem força na corte, no momento. Este parâmetro partiu do ministro Nunes Marques.

Deputados federais de direita ficaram incomodados com a decisão e fizeram críticas ao entendimento do STF. Como resposta, o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PL-AL), criou uma comissão para a PEC das Drogas nesta quarta.

(PEC) nº 45/2023 já foi aprovada no Senado e depende de apreciação na Câmara para ter validade. Diferentemente da decisão do STF, que se refere somente à maconha, a PEC criminaliza o porte e a posse de qualquer quantidade de drogas.

Fonte: Jornal Metrópoles