• fevereiro 29, 2024
Lula circula pelo Caribe com crise de Venezuela e Guiana sem solução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou ao Caribe com a missão de apaziguar os ânimos entre Venezuela e Guiana frente à disputa por Essequibo, região rica em petróleo. A previsão é que o petista se reúna com os chefes de Estado das duas nações para discutir, entre outras questões, as possíveis saídas para o impasse.

Lula chegou a Georgetown, capital da Guiana, nessa quarta-feira (28/2), onde participou do encerramento da 46º Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom). Nesta quinta (29/2), o presidente tem uma reunião bilateral com o chefe do Executivo guianês, Irfaan Ali.

Entre os temas a serem discutidos, está a questão de Essequibo. O governo brasileiro tem atuado como mediador da tensão, que escalou no final do ano passado após a Venezuela aprovar um plebiscito sobre a anexação da parcela ao seu território. O governo do presidente Nicolás Maduro chegou a divulgar um mapa de como ficaria a região indexada.

Representantes dos dois países tiveram uma reunião em 25 de janeiro, com mediação do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira. No encontro, ambos concordaram em buscar uma solução para o conflito de forma pacífica. No entanto, nas últimas semanas, o governo venezuelano tem aumentado a presença militar na fronteira com a Guiana.Durante a visita de Lula a Georgetown, o presidente guianês afirmou que o petista tem uma “grande responsabilidade” na pacificação da região.

“O seu papel é [como] o de todos os outros: garantir que a paz e a estabilidade permaneçam e garantir que todas as partes se resolvam dentro dos limites do direito internacional”, disse o presidente Irfaan Ali a jornalistas.O professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Feliu avalia que o protagonismo brasileiro em relação à mediação do conflito se dá por questões geográficas — o Brasil faz fronteira com os dois países —, econômicas, e também porque conta com o apoio de outras nações para comandar as negociações.“O próprio reconhecimento dos outros atores internacionais, principalmente os Estados Unidos, que fomentam e incentivam o Brasil a fazer essa mediação. E também ambas as partes, tanto a Venezuela quanto a Guiana, ambos os líderes aceitam [o papel mediador]”, pontua o especialista.

“O Brasil tem capacidade, está mediando e, sem dúvida, não o fazer seria praticamente uma negligência. Acredito até que faz parte do papel internacional e, principalmente, regional do Brasil”, destaca.

Encontro com Maduro

Após a visita à Guiana, o presidente Lula embarca para São Vicente e Granadinas, onde participará da VIII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). O Brasil voltou a integrar o bloco em janeiro de 2023, com o início do terceiro governo Lula.

Na ocasião, o presidente brasileiro deve se reunir com Nicolás Maduro. Além da questão de Essequibo, a expectativa é que os chefes de Estado discutam a realização das eleições presidenciais na Venezuela, previstas para o final do ano.

O encontro acontece cerca de uma semana após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, abordar o tema com Lula, durante visita a Brasília, na terça-feira (20/02) passada. Conforme o Blog do Noblat, do Metrópoles, o norte-americano sugeriu a Lula que o petista peça garantias ao aliado venezuelano de que as eleições acontecerão.No fim de janeiro, a Suprema Corte venezuelana barrou a candidatura da líder da oposição ao presidente Nicolás Maduro, Maria Corina Machado. A ação resultou em novas sanções dos Estados Unidos contra o país latino.

O professor Feliu destaca que o Brasil pode atuar como um observador para garantir a legitimidade do pleito. Nesse sentido, o país teria a função de dar apoio técnico para as eleições, fazer visitas de vistoria, entre outras ações.

“Eu diria que a observação eleitoral internacional é o principal papel do Brasil. E também convencer a Venezuela a abrir o processo para outros observadores internacionais”, avalia o professor.“Mas também não adianta abrir um processo em que você tira da competição seus principais rivais políticos. Então, esse seria um tema mais sensível, em relação aos que se dizem presos políticos. E aí, tenho minhas dúvidas, sobre a capacidade que o Brasil de convencer o regime do Maduro”, ressalta.

Venezuela x Guiana

Em novembro do ano passado, houve uma escalada na tensão entre Venezuela e Guiana, que disputam a região de Essequibo, rica em petróleo. Na ocasião, o Brasil se dispôs a mediar o conflito.

A disputa tem origem no século 19. À época, a Guiana era colônia britânica. O território ficou delimitado ao leste do Rio Essequibo, mas expandiu para a porção oeste da área, já parte Capitania Geral da Venezuela (antigo nome).Poucos dias após o referendo na Venezuela, que decidiu pela anexação do território, Lula recebeu uma ligação do presidente Nicolás Maduro para tratar da situação.Segundo comunicado oficial divulgado pelo Itamaraty, Lula mostrou preocupação com a questão de Essequibo e ressaltou que medidas unilaterais podem levar a uma escalada na situação.

Fonte: Jornal Metrópoles

  • fevereiro 29, 2024
RJ registra 1º caso de febre Oropouche

O primeiro caso da Febre Oropouche no estado do Rio de Janeiro foi confirmado nesta quinta-feira (29). O paciente, que é um homem de 42 anos e morador do Humaitá, viajou recentemente ao Amazonas e pode ter contraído a doença lá.

O exame que confirmou a doença foi feito pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). O homem segue sob investigação epidemiológica pela equipe de Vigilância em Saúde do município do Rio de Janeiro.

A Secretaria de Saúde do RJ ainda considera o caso como “importado” – quando a doença é trazida de fora. No entanto, mosquitos que picarem o paciente contaminado podem infectar outras pessoas.

A febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão acontece por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como maruim.

O Amazonas vive um surto da doença e os casos mais que triplicaram no estado.

Sintomas parecidos com os da dengue

Com sintomas e transmissão semelhantes aos da dengue, a febre Oropouche tem deixado o Amazonas em alerta, em 2024. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), de 1º de janeiro até quinta-feira (22), o estado registrou 1.398 casos confirmados da doença, número três vezes maior do que foi registrado no ano passado, quando foram contabilizados 445 casos.

O cenário é ainda mais preocupante ao comparar com a estatística nacional. Em 2023, o Brasil teve um registro de 773 casos, dos quais 99% ocorreram na região Norte, conforme o Ministério da Saúde.

Doença com sintomas semelhantes aos da dengue preocupa autoridades de saúde da região amazônicaDe acordo com o pesquisador da Fiocruz e especialista em vetores, Sérgio Luz, o mosquito Culicoides paraense, conhecido popularmente como maruim ou mêruim, é o principal transmissor do vírus que pode causar a doença. Na língua indígena Nheengatu significa mosca- pequena. Ele é 20 vezes menor que o aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“Na literatura, o maruim é descrito como o melhor vetor desse vírus para os humanos. Entretanto, esse pequeno mosquito se cria mais em ambientes próximos à floresta, fragmentos de floresta ou até mesmo em quintal, onde a pessoa tenha muita terra. Mas na área urbana, ele não é muito presente”, explicou o especialista.

No Brasil, o Oropouche é considerado um dos mais importantes arbovírus (vírus transmitidos por picadas de mosquito), que infectam humanos na região amazônica. Além de ser a segunda doença febril mais frequente no país, ficando atrás somente de casos da dengue.

Os sintomas entre a dengue e a Oropouche são parecidos: Febre alta;Dores de cabeça, musculares e nas articulações;Calafrios, às vezes acompanhados de náuseas, vômitos;Erupção cutânea.

A FVS-AM explicou que a identificação dos casos confirmados de febre Oropouche ocorre a partir de diagnostico feito por meio de testagem de pacientes notificados e com resultados negativos para dengue. A apresentação do dado de febre Oropouche ocorre de maneira segmentada, devido a necessidade de monitorar a circulação do vírus, informou a FVS-AM.

No inicio de fevereiro deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) confirmou a primeira morte pela doença na capital. A vítima era uma adolescente de 15 anos que, de acordo com o órgão, teve um quadro de coinfecção, pois também estava com Covid-19. A dupla infecção foi confirmada em testes laboratoriais.Em nota enviada ao g1, a Semsa informou que a jovem possuía esquema vacinal completo contra o coronavírus, por isso, pelos critérios a causa básica da morte não foi Covid-19. A secretária de saúde também reforçou que o vírus Oropouche teria apresentado uma forma grave com sintomas neurológicos na paciente.A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), no início de fevereiro, chegou a emitir um alerta epidemiológico sobre aumento de Oropouche nas região das Américas.

O mosquito faz parte do grupo hematófago, animais ou parasitas que se alimentam de sangue, e é muito comum na Amazônia e em toda a América, a partir do Canadá até a Patagônia, na Argentina.Segundo o pesquisador da Fiocruz, o maruim, além de causar coceira, é um mosquito pequeno, quase imperceptível a olho nu. Diferente do aedes aegypti e do cúlex, o famoso pernilongo.

“A infecção ocorre porque o mosquito, no caso a fêmea, que precisa sugar sangue para fazer o desenvolvimento dos seus ovos e da sua prole. Então, elas sugam o sangue e acontece a transmissão. O vírus Oropuche tem alguns reservatórios, que são animais silvestres, que tem o vírus e não causa nada a eles e que eles podem se alimentar desses animais silvestres e trazer essa infecção para o homem”, disse Sérgio Luz.

Vírus descendente do interior do estadoDe acordo com Felipe Gomes Naveca, pesquisador e chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o vírus atual que circula no Amazonas é descendente de um Orov que circulou no ano de 2015, no município de Tefé, interior do Amazonas.

“Nós tivemos um surto naquele ano, em Tefé, que foi detectado durante um estudo, no qual identificamos que muitos dos casos não eram de dengue, e sim, Oropouche. Assim, nós sequenciamos os casos, e quando comparamos com a linhagem que circula agora, nós conseguimos ver que esse vírus é descendente daquela linhagem”, afirmou Felipe Naveca.

O traço ancestral da doença surge após vários eventos sucessivos de rearranjo viral, no qual o pesquisador explica ser a união de duas linhagens diferentes infectando a mesma célula.

“O Oropouche tem um genoma segmentado, quero dizer, não é uma única fita de RNA, são três fitas de RNAs. Ou seja, quando você tem dois Oropouches diferentes infectando a mesma pessoa, e os dois vírus chegarem na mesma célula, você pode ter um novo vírus que não é nem o primeiro e nem o segundo, mas sim um novo rearranjo entre esses segmentos genômicos”, destacou Felipe.

A identificação surgiu após estudo feito para caracterização dos casos de Oropouche na Amazônia. A partir dali, foram analisadas 75 amostras coletadas nos estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2024.

Sintomas

Antes de ser diagnosticada com Oropouche, a profissional de serviços gerais, Creuza Ferreira Barbosa, de 69 anos, pensou que estivesse com gripe. Segundo ela, foram dois dias de internação pela doença na Policlínica da Redenção, em Manaus.”No início, sentia muita dor de cabeça forte, e pensei que fosse gripe. Aí, começou o vômito e também diarreia, além de dor muito forte no estômago. Perdi a força e muita dor no joelho e nos pés. O meu olho ardia muito e não conseguia olhar para o tempo”, relatou.

Após os sintomas perdurarem por duas semanas, Creuza conta que a falta de paladar foi uma das consequências deixadas pela infecção.

“Eu fiquei tomando os medicamentos soro e os outros remédios, mas eu não me lembro mais quais foram porque eu estava muito fraca. E aí vim para casa me recuperar, mas não estou ainda recuperada porque eu perdi o paladar da comida e até hoje ele não voltou. Não sinto gosto de nada”, disse Creuza.

Em entrevista ao g1, o médico virologista e especialistas em arbovírus, Pedro Vasconcelos, esclarece que os sintomas do Oropouche dependem da forma clínica que o vírus se apresenta, embora, a princípio, seja comum nos infectados a manifestação de dor cabeça, febre, náuseas, vômitos, dores musculares, articulares. Além disso, o vírus também pode acometer pessoas de forma leve, tendo essas apenas um quadro febril indiferenciado por um, dois dias, e depois a cura.

“Após a picada infectante, o período de incubação varia de dois a quatro dias, em média, podendo chegar a sete a dez dias, sendo mais comum entre três e quatro dias. Também há cefaléia, calafrios, dor retro-ocular, que as pessoas referem muito, como sendo dificuldade de mover os olhos”, reforçou Pedro Vasconcelos.

Questionado sobre a morte da jovem de 15 anos pela doença, em Manaus, o virologista comenta que, em casos mais graves, é comum que se desenvolva meningite e encefalite, assim acometendo o sistema nervoso central. No entanto, considerando a literatura científica, essa seria a primeira morte por Oropouche em conhecimento da doença, já que, segundo Pedro Vasconcelos, embora haja um comprometimento inflamatório do sistema nervoso central, ainda sim, isso não compromete o seu funcionamento.

“O paciente tem, temporariamente, um comprometimento transitório, que pode, e geralmente vai evoluir, para cura, com o aliviamento dos sintomas. Muitas das vezes, a punção lombar, para confirmar a ocorrência de meningite, por si só, tirando um pouco do líquido raquidiano, você consegue tratar o paciente, porque alivia a pressão liquórica dentro do crânio, e, com isso, alivia os sintomas”, destacou.

Para Pedro Vasconcelos, a informação da morte pelo vírus, como a da adolescente de 15 anos divulgada pela Semsa, só poderia ser confirmada após uma necropsia. A Semsa informou ao g1 que seguiu as orientações do Ministério da Saúde, realizando exame laboratorial confirmando a morte. Mas a necropsia não foi feita, pois não faz parte da rotina de serviços da saúde pública da capital.”A análise foi realizada seguindo os protocolos do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), que atestam que a febre Oropouche foi a causa do óbito. A necropsia não ocorreu porque este serviço não integra a rotina de serviços da saúde pública na capital”, informou o órgão.

Tratamento

Como não há tratamento específico para o vírus e nem uma vacina que combata a doença, os infectados pelo mosquito devem fazer uso, prescrito por médico, de analgésicos e antitérmicos comuns. Mas, no caso de suspeita de dengue, é necessário evitar todos, uma vez que os analgésicos e derivados do ácido salicílico podem causar hemorragia.

“A hidratação é muito importante, junto com o uso de antitérmicos, analgésicos, remédios para vômito e para aliviar as dores musculares”, explicou o virologista Pedro Vasconcelos.

De acordo com a Semsa e a FVS-AM, as medidas de prevenção também se estendem à população, pois essa exerce um papel fundamental no enfrentamento das arboviroses, identificando e eliminando os pontos com água parada nas residências e quintais.

“Sabemos que a maior parte dos criadouros está dentro das casas, e por isso pedimos aos moradores que inspecionem as áreas internas e externas de suas moradias, ao menos uma vez por semana, para eliminar potenciais criadouros e evitar a proliferação dos mosquitos”, orienta a secretária da Semsa Manaus, Shádia Fraxe.Além disso, o combate à proliferação do Oropouche também inclui manter as caixas d’água bem tampadas, limpar calhas e ralos, guardar pneus em áreas cobertas, guardar garrafas e outros recipientes com a boca para baixo, encher de areia os pratos de plantas, amarrar bem sacos de lixo, evitar o acúmulo de sucata e/ou dejetos nos quintais, entre outros.

Fonte: G1

  • fevereiro 28, 2024
Mulher confessou no Facebook ter matado o amante: “Matei mesmo, kkkkk”

A responsável pela morte de Antônio Celso Fernandes Junior, assassinado em 2021, em São José da Tapera, interior de Alagoas, foi presa nesa segunda-feira (26/2).

Após cometer o crime a mulher postou em seu Facebook contando que matou o homem. “Matei mesmo. Não quiz larga (sic) a familia pra ficar comigo não fica com ninguem kkkkk”, postou a mulher. “Sou uma assassina, matei o pai de 5 filhos e deixei eles todos sozinhos no mundo”.

O delegado responsável pela investigação do crime informou que a mulher estava foragida, mas a localizaram na cidade de União dos Palmares, em Alagoas. Ela acabou sendo detida depois que um pedido de prisão foi feito à Justiça e as autoridades cumpriram o mandado judicial nessa semana.

Atualmente, a mulher tem um filho recém-nascido e irá responder por homicídio qualificado.

Detalhes do crime

Segundo as investigações, Antônio acabou caindo na armadilha da sua amante, que o levou até a casa do irmão dela. Ela vinha insistindo para que Antônio abandonasse de vez sua esposa e os cinco filhos para ficar apenas com ela.

Fonte: Jornal Metrópoles

  • fevereiro 27, 2024
PF cumpre mandados no Rio, Niterói e Maricá em operação contra o desvio de recursos destinados à saúde

A Polícia Federal (PF) cumpre 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói, nos municípios de Maricá, Niterói e Rio de Janeiro. Os alvos são pessoas físicas e jurídicas investigadas por desvios de recursos públicos federais destinados à saúde do município de Maricá, na Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro. A decisão também determinou o afastamento de servidores públicos, entre eles a secretária de Saúde de Maricá.

As investigações que levaram à Operação Salus apontam para um prejuízo estimado em mais de R$ 70 milhões em recursos públicos destinados à saúde. Na versão romana da mitologia grega, Salus era a deusa da saúde, limpeza e sanidade, associada diretamente com a prevenção de doenças e uma vida saudável.

Afastados

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal impôs medida cautelar alternativa à prisão consistente na suspensão do exercício das funções públicas de servidores municipais responsáveis pela execução, gestão e fiscalização das verbas públicas destinadas à saúde municipal. Entre os afastados está Solange Regina de Oliveira, secretária municipal de Saúde.A medida também foi aplicada à Simone da Costa Silva Massa, diretora do Hospital Municipal Che Guevara, e ex-secretária de saúde do município.

Os outros investigados afastados das funções públicas são: Marcelo Costa Velho Mendes de Azevedo, membro e presidente da Comissão de Avaliação de Desempenho (CAD), e Carlos Augusto Anacleto, membro e presidente da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização do Contrato de Gestão (CAF).

Investigação

A investigação foi iniciada a partir do relatório de auditoria de conformidade do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ), realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Maricá, no período entre agosto e dezembro de 2022. O documento trouxe indícios de crimes na execução de um contrato de gestão que foi vigente entre os meses de fevereiro de 2020 a 2024 com uma organização social de saúde (OSS).

De acordo com a auditoria realizada, somando-se os aditivos celebrados, o contrato ultrapassa o valor de R$ 600 milhões, o que significa um aumento de aproximadamente 151% do valor inicialmente celebrado, que era cerca de R$ 240 milhões. As investigações estimam um prejuízo de cerca de R$ 71 milhões aos cofres públicos.

As apurações verificaram a ausência de transparência durante o contrato que cuidava da gestão de um grande volume de dinheiro envolvido. Além disso, indicam a existência de uma organização criminosa, composta por servidores públicos, empresários, operadores financeiros e outras pessoas.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, peculato desvio e lavagem de dinheiro, sem prejuízo de eventuais outros crimes que possam surgir no decorrer da investigação.

Fonte: G1

  • fevereiro 25, 2024
Malafaia cita STF e fala em “engenharia do mal” para prender Bolsonaro

São Paulo — Organizador do ato em defesa de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, neste domingo (25/2), o pastor Silas Malafaia fez um duro discurso no qual criticou diversas vezes a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que existe uma “engenharia do mal para querer prender” o ex-presidente.

“Eu não vim aqui atacar o Supremo Tribunal Federal, porque quando você ataca uma instituição, você é contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Vou mostrar para vocês a engenharia do mal para querer prender Jair Messias Bolsonaro. A engenharia do mal para tirar o Estado Democrático de Direito”, disse Malafaia.

Malafaia lembrou que Bolsonaro “botou para quebrar” contra o Moraes na manifestação do dia 7 de Setembro de 2021, quando o então presidente da República chamou o ministro de “canalha” na mesma Avenida Paulista, mas que depois “apaziguou”. Mesmo assim, disse o pastor, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o perseguiu. “Todo mundo sabe como foi a eleição. Podiam chamar Bolsonaro de genocida, mas não podiam dizer que Lula era presidiário”, disse Malafaia.

O pastor listou uma série de episódios envolvendo ataques ao Supremo e ao Congresso Nacional praticados por outros políticos ou grupos de esquerda no passado, como o Movimento dos Sem-Terra (MST), e o questionamento do resultado das eleições de 2014, feito pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB), para dizer que Bolsonaro e seus aliados têm sido perseguidos.

“Em 30 de outubro 2014, o PSDB de Alexandre de Moraes entrou com ação no TSE questionando o resultando das eleições e as urnas eletrônicas. Sabe o que aconteceu? Nada. O PSDB de Alexandre de Moraes não foi multado”, disse Malafaia, após lembrar a multa de R$ 22 milhões aplicada pelo ministro ao PL após o questionamento do resultado das eleições de 2022 feito pelo partido de Valdemar Costa Neto.

Malafaia também explorou a polêmica declaração do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF, dizendo que “nós derrotamos o bolsonarismo”, em um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), no ano passado, para afirmar que “o ministro do STF tem lado”.

“Isso é uma vergonha, é uma afronta ao povo. Toda essa engenharia do mal, toda essa maldade conta Bolsonaro, covarde, ao arrepio da lei a e da Constituição”, disse o pastor. Segundo ele, Bolsonaro será exaltado se acabar sendo preso por ordem do Supremo.

“Se eles te prenderem, não vai ser para sua destruição, mas para a destruição deles. Você vai sair de lá exaltado”.

Fonte: Jornal Metrópoles

  • fevereiro 25, 2024
Barrado pela PF em aeroporto, português participa de ato pró-Bolsonaro e sobe em trio elétrico

Detido na manhã deste domingo (25) no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, após chegar ao Brasil sem um visto de trabalho, o cidadão português Sérgio Tavares foi liberado pelas autoridades e participou do ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na avenida Paulista.

Chamado a subir no trio, o fotógrafo prometeu que as imagens feitas durante o ato iriam rodar a Europa e todo o mundo para “levar a verdade sobre o Brasil”.

Antes de participar da manifestação, em um vídeo publicado nas redes sociais, Sérgio Tavares alegava ter sido indevidamente impedido de entrar no Brasil e estar com seu passaporte apreendido.

“Todos os outros cidadãos que vieram nos outros voos entraram. O meu passaporte está na Polícia Federal, eles dizem que querem questionar. Eu vim apenas tirar imagens do evento do Bolsonaro para mostrar ao mundo essa manifestação pela democracia”, afirmou.

A Polícia Federal informou que a alegação é falsa e que é necessário um visto de trabalho, o que não foi apresentado por ele. Em nota, o órgão disse ainda que estava conduzindo o procedimento padrão, seguido na maioria dos aeroportos internacionais, para avaliar a situação do indivíduo, verificando se ele está no país a turismo ou a trabalho e por quanto tempo pretende permanecer no país, seguindo o protocolo regular de admissão de estrangeiros.

O estrangeiro foi indagado sobre comentários que fez sobre a democracia no Brasil, afirmando que o país vive uma “ditadura do Judiciário“, além de outras afirmações na mesma linha, postadas em suas redes sociais. Sérgio Tavares afirmou que espera que seus direitos sejam cumpridos.

“Espero que não me façam passar por nada injusto, por nada que eu não mereça”, acrescentou.

Fonte: CNN Brasil

  • fevereiro 25, 2024
Em ato na Paulista, Bolsonaro sobe em trio exibindo bandeira de Israel

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu ao trio na manifestação que convocou para a Avenida Paulista neste domingo (25) exibindo a bandeira de Israel.Entre os manifestantes, também era possível identificar bandeiras do país do Oriente Médio.

Nos arredores, os artigos eram vendidos junto com itens do Brasil.A exibição da bandeira israelense no ato pró-Bolsonaro acontece em meio à tensão entre Brasil e Israel, provocada por uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando a situação na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula, durante uma entrevista coletiva na Etiópia.

Após críticas de diversas autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o presidente Lula foi declarado persona non grata no país até que se retrate pelas declarações.

Na semana passada, o assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, informou à CNN que o atual mandatário não pediria desculpas por criticar o genocídio em Gaza.Em entrevista à CBN Recife, na última quarta-feira (21), Bolsonaro criticou as declarações.

“Uma fala criminosa. Não é infeliz, não. É criminosa, que ofendeu não apenas os judeus, ofendeu a humanidade. O que aconteceu na Segunda Guerra, com a eliminação em câmaras de gás de judeus, não existe na história do mundo. E o Lula compara o Exército de Israel com os nazistas. Chocou o mundo”, disse.

Também participam do ato diversos aliados de Bolsonaro, como parlamentares e governadores. Estão presentes, por exemplo, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abriu o evento e fez uma oração em cima de um trio elétricoO ex-presidente é investigado pela Polícia Federal (PF) por uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Valdemar comparece

ZApesar de orientado a não comparecer no ato na Avenida Paulista neste domingo (25), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, marcou presença na manifestação de olho nos dividendos políticos com bolsonaristas.

Proibido de manter contato com Jair Bolsonaro, Valdemar chegou ao trio elétrico antes do ex-presidente. Os dois são investigados no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado.Na avaliação de pessoas próximas a Valdemar, a ida dele ao ato é ótimo politicamente. Porém, pode aumentar o que consideram uma “perseguição jurídica” contra o presidente do PL.

“Vim aqui só pra falar pra vocês que vocês transformaram o PL no maior partido do Brasil, disse Valdemar.

Fonte: CNN Brasil

  • fevereiro 24, 2024
PF identifica e ouve suspeito de tentar invadir Alvorada com carro

A Polícia Federal (PF) identificou e está ouvindo o depoimento de um homem suspeito de tentar invadir o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. A tentativa ocorreu na madrugada deste sábado (24/2).

A tentativa de invasão foi revelada em primeira mão pela coluna Na Mira, do Metrópoles.

Segundo a PF, o indivíduo foi localizado em um condomínio nas proximidades do Alvorada. Ele, que seria morador da região, foi conduzido para a Superintendência de Polícia Federal no Distrito Federal para prestar esclarecimentos.“O veículo que teria sido usado na tentativa de invasão foi apreendido. A PF realiza perícias no automóvel e no local da ocorrência. As investigações seguem em curso”, informou a corporação, em nota.

Tentativa de invasão

Por volta das 6h, o motorista de um Ford Focus preto seguiu em direção ao palácio, na Zona Cívico-Administrativa de Brasília. Ao ser visto na área do bloqueio de acesso, porém, o condutor desobedeceu à ordem de parada.Tiros foram disparados e o carro foi alvejado.Em seguida, o veículo furou os pneus na “cama de faquir” – dispositivo com perfuradores em metal para evitar a fuga de veículos – e escapou em direção ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.

Fonte: Jornal Metrópoles

  • fevereiro 23, 2024
Homem agride mulher a pedradas e tenta estuprar em área de mata

Na tarde desta sexta-feira (23), um ato de violência perturbou a tranquilidade da comunidade na linha Vitório Rosa, interior de Chapecó (SC). Um homem invadiu uma residência, agredindo a proprietária e tentando cometer um ato de violência sexual.

De acordo com relatos, a moradora foi atacada com pedras e arrastada para uma área de mata próxima à residência. A rápida ação dos vizinhos, alertados pelas crianças, foi crucial para evitar que o crime se consumasse. Ao chegarem ao local, eles encontraram o agressor ainda com a vítima e conseguiram detê-lo.Um dos vizinhos, que prontamente respondeu ao pedido de socorro, foi também agredido pelo suspeito com pedras, resultando em ferimentos. A situação foi controlada com a chegada de mais moradores, que auxiliaram na imobilização do agressor até a chegada das autoridades.

A vítima foi encontrada em uma área de mata, próxima a uma cachoeira e a aproximadamente 150 metros de sua casa, visivelmente debilitada e com ferimentos na cabeça causados pelas agressões. O Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros no local.Em meio ao caos, uma das crianças desapareceu momentaneamente, escondendo-se em uma área de mata por medo. Felizmente, após aproximadamente 15 minutos de busca, a criança foi encontrada e reunida com a família.O caso mobilizou diversas guarnições da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, destacando a importância da solidariedade e da ação rápida da comunidade na prevenção de um crime ainda mais grave.

Fonte: Jornal Razão

  • fevereiro 21, 2024
Covid e dengue: médicos alertam para casos de infecções simultâneas

Em paralelo à epidemia de dengue, estão crescendo as infecções causadas pelo coronavírus no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem registrado média de 30 mil novos casos a cada semana desde o início do ano.

De acordo com infectologistas ouvidos pelo Metrópoles, também estão se tornando mais comuns situações nas quais os pacientes enfrentam quadros de Covid e dengue combinados. A infecção simultânea pelos dois vírus pode potencializar os sintomas do paciente e, caso não seja corretamente diagnosticada, há risco de uma das doenças mascarar a outra, permitindo seu avanço.

Covid e dengue juntas

Covid e dengue têm alguns sintomas em comum: febre, diarreia, dor de cabeça e dor no corpo. No entanto, na Covid ocorrem sintomas respiratórios, como falta de ar e tosse. Na dengue, por sua vez, há manchas vermelhas no corpo e dor atrás dos olhos.

Quando dengue e Covid ocorrem juntas, os sintomas podem ser potencializados, especialmente mal-estar e fadiga. A sobreposição dos vírus também pode resultar em desfechos mais graves, pois as defesas do corpo são mais exigidas.

“Está cada vez mais comum encontrar pacientes com as duas doenças juntas”, diz Werciley Júnior, coordenador de Infectologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. “Nas últimas semanas, estamos vivendo aumento de ambas e isso tem aumentado a quantidade de pessoas com o azar de ter os dois vírus ao mesmo tempo”, completa o especialista.

O fenômeno também já foi notado pelo infectologista Rafael Moreira, da Kora Saúde, em São Paulo: “Em um contexto de aumento de casos de ambas as doenças, como nós estamos vivendo, uma delas pode inclusive abrir a porta para outra. Uma doença exige muito do organismo, enfraquecendo a imunidade e aumentando chances de outras doenças”, diz.A combinação de sintomas aumenta a procura por assistência médica. “As dores musculares da dengue combinadas com a dificuldade respiratória da Covid geram um senso de urgência nos pacientes e temos visto um aumento exponencial de pessoas indo ao hospitais com quadros assim”, aponta Moreira.

Prevenção e vacinas

Os médicos alertam a população para as medidas preventivas existentes, especialmente a vacinação. “A sociedade é orientada a combater focos de água parada e, ainda assim, descuida. Na Covid, há resistência em completar o esquema vacinal mínimo. São comportamentos que precisam ser repensados”, afirma Werciley.

Fonte: Jornal Metrópoles