• agosto 10, 2024
Wladimir Garotinho: o tesão da oposição

Campos dos Goytacazes não é o paraíso, longe disso. Mas quem andou por estas terras entre 2017 e 2020 sabe o filme de terror que a cidade vivia. O município evoluiu em todas as frentes. Ainda assim, como em qualquer lugar, há vários pontos a serem trabalhados.

Os pré-candidatos da oposição, no entanto, parecem se preocupar mais com o prefeito do que com a cidade. É Wladimir aqui, Wladimir ali. Até pré-candidato dizendo que o prefeito “está gordo igual um leitão” teve. Não à toa, o prefeito segue liderando todas as pesquisas, com a popularidade lá em cima.

Uma oposição composta por secretários do ex-prefeito Rafael Diniz, um petista com gestão reprovada na educação e uma delegada aspirante a coach, que ao abrir a boca mais parece uma versão feminina do próprio Diniz. Não vai acontecer de novo. Rafael já foi.

Aliás, este é um nome que vai se repetir muito por aqui, acostume-se. Afinal, Rafael Diniz e Rodrigo Bacellar são os verdadeiros ventríloquos por trás das marionetes citadas. Pois é, me arrepiei aqui também. Mas é verdade.

Não há, hoje, nada diferente para acontecer nesta oposição pequena, cujo projeto não é de governo, nem de cidade. A população aqui é mero detalhe. Na verdade, o povo de Campos é obstáculo.

Talvez seja essa a maior contribuição da oposição: o seu insaciável tesão pelo prefeito Wladimir. Um desejo exacerbado que acaba por enfurecer aqueles que lembram onde estávamos, sabem como estamos e acreditam no que está por vir.

Viva o prefeito Wladimir Garotinho
Viva o tesão da oposição

  • agosto 9, 2024
Marido de candidata a prefeita ameaça prefeito Wladimir Garotinho

O prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, apresentou uma representação ao Ministério Público contra Cristiano Dykeman, policial civil e marido de Madeleine Dikeman, candidata a prefeita do município. A denúncia se baseia em mensagens postadas por Dykeman no aplicativo de mensagens WhatsApp.

Dykeman publicou as seguintes mensagens: “O problema não é xingar! O problema é roubar por anos um povo e ter os pais presos #vai acontecer” e “Sua hora tá chegando! Si vis pacem para bellum”. A última frase é um provérbio latim que significa na tradução: “Se você quer paz, prepare-se para a guerra”.

Embora o nome do prefeito não seja explicitamente mencionado, as referências são entendidas como direcionadas a Wladimir Garotinho, especialmente com o uso do slogan “#vaiacontecer” associado à campanha de Madeleine Dikeman.

*Gravidade das mensagens *

A defesa do prefeito destaca a gravidade das mensagens, ressaltando que “a função de um policial civil é de extrema relevância para a manutenção da ordem pública e a proteção dos direitos dos cidadãos. Quando um servidor público desta natureza se desvia de suas funções, utilizando seu cargo para promover interesses pessoais ou políticos, coloca em risco não apenas a credibilidade da instituição policial, mas também a confiança da sociedade na justiça e na segurança pública.”

Cristiano Dykeman teria infringido o Decreto-Lei n° 218/1975 e o Código de Ética Policial. O Decreto-Lei estabelece normas rigorosas para a conduta dos policiais civis do Estado do Rio de Janeiro, destacando a importância do comportamento ético e legal. Dentre os artigos violados, estão:

Art. 10: O policial deve respeitar os direitos e garantias individuais, exercer a função com probidade, discrição e moderação, e não permitir que sentimentos pessoais influenciem suas decisões.
Art. 14: São transgressões disciplinares usar o cargo para obter proveito político-partidário.

O Código de Ética Policial também estabelece princípios fundamentais para a conduta dos policiais civis, incluindo:

Art. 1: O policial deve respeitar os direitos e garantias individuais, exercer a função com probidade e moderação, e não permitir que sentimentos pessoais influenciem suas decisões.

*O que solicita a defesa *

Na representação consta ainda que a conduta de Dykeman viola esses princípios e compromete a integridade da instituição policial. Diante das evidências apresentadas, a defesa do prefeito requer ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro:

a) Instauração de inquérito policial e/ou procedimento investigatório criminal para apurar a conduta do policial civil Cristiano Dykeman;

b) Adoção de todas as medidas administrativas e/ou judiciais, visando a responsabilização funcional do serývidor.

Veja na íntegra imagens da ação de representação:

  • julho 28, 2024
Sérgio Cabral se junta a Rafael Diniz e Bacellar em apoio a Madeleine

A convenção do União Brasil lançando o nome da ex-delegada Madeleine como candidata a prefeita contou com apoio de diversos personagens conhecidos na política campista.

Juntaram-se ao deputado Rodrigo Bacellar, no apoio a Madeleine, Geraldo Pudim, Rafael Diniz, Sérgio Mendes, Alexandre Mocaiber e até mesmo o ex-governador Sérgio Cabral.

Um famoso membro do grupo de oposição liderado por Bacellar afirma que “outros grandes nomes estão por vir. É só o começo”.

  • julho 7, 2024
O caminho se faz ao caminhar!

Esta semana, na região norte fluminense, ganhou destaque a presença do Governador Cláudio Castro e do Presidente da ALERJ, Rodrigo Bacellar, que em caravana, lançaram pedras fundamentais, revisitaram obras, enfim, cumpriram uma agenda pública intensa, em diversas cidades.

Até aí tudo certo, o Governador tem entre suas demandas políticas a presença perene por todo Estado, principalmente para se manter ativo no jogo da própria sucessão.

O problema é o “timing”.

Uma caravana dessas requer um consenso entre as forças visitadas (prefeitos) e visitantes (forças estaduais), principalmente para afastar saias justas com os prefeitos que correm pela reeleição ou têm seus candidatos às sucessões, e que, por certo, serão fatores relevantes na sucessão estadual de 2026.

Nesse sentido, a caravana do Governador foi um desastre.

Não pelo pouco público presente, principalmente em Campos dos Goytacazes, maior colégio eleitoral da região, e um dos maiores do Estado.

Hoje em dia, os eventos presenciais perderam força, e podemos afirmar que importam mais as imagens capturadas, em ângulos favoráveis, edição de discursos, tudo para gerar conteúdo para as redes sociais, que multiplicam exponencialmente o alcance.

Ainda que a contabilidade de 100 a 150 pessoas nos eventos da Baixada Campista, incluindo aí a imprensa e a “corte” (comitiva de seguranças e assessores) possa ser preocupante, já que era esperado que os pré-candidatos a vereadores do grupo dos Bacellar ocorresse em massa aos locais da agenda governamental, esse detalhe pode ser superado com as mágicas digitais citadas acima.

O cerne da questão é outro.

Já não é segredo para ninguém que Castro aposta em Rodrigo Bacellar para a sua sucessão.

Uns dizem que é uma demonstração de força do deputado estadual, e é, mas também há outro aspecto: falta de opções.

O Governador Castro não tem muitas, assim como o Presidente da ALERJ.

O caminho do centro está ocupado, com Eduardo Paes, o da esquerda lhes é impossível, ainda mais quando estes dois setores, centro (e centro-direita) e esquerda parecem convergir no Estado, com Lula apostando suas fichas em Eduardo Paes.

Sobrou a extrema direita.

Parece que a única plataforma eleitoral viável para Castro e seu grupo reside no potencial capital eleitoral dos Bolsonaro no RJ, e todas as suas movimentações recentes demonstram essa opção.

Essa direção, no entanto, não parece tão simples de concretizar.

Como dissemos, uma campanha para sucessão estadual exige capilaridade, palanques municipais.

Na capital, Castro e Rodrigo não terão um, salvo se acontecer o impensável, e Eduardo Paes perder a reeleição, e/ou desistir de concorrer ao Governo do Estado, e mesmo assim, que essa decisão seja acompanhada de um apoio a Bacellar.

Atualmente, essas chances são quase as mesmas de ganhar na Mega Sena.

No interior, os problemas se multiplicam, desde a Baixada, onde a profusão de correntes em conflito torna qualquer apoio uma faca de dois gumes, passando pela região Metropolitana, onde Niterói não parece sintonizada com a gestão Castro/Rodrigo, indo até o Norte do Estado, onde a família Bacellar é antagonista principal do Prefeito Wladimir, com mais de 70% de aprovação, e virtual reeleito em primeiro turno.

O clima de tensão entre os Bacellar e os Garotinhos não é recente, e nem é o que podemos chamar de cordial, pelo menos quando observamos a “tática operacional” dos Bacellar, que diverge em muito do estilo adotado pelo Prefeito Wladimir.

Enquanto os Bacellar escolhem uma narrativa bélica, com direito às ofensas pessoais, como no caso do triste evento do caçula da família, o Presidente da Câmara Municipal, Marcos Bacellar, quando um convidado proferiu difamações contra a primeira-dama campista, e sua conduta não foi censurada, do lado garotista temos um estilo “low profile”, ou “soft power”, com palavras medidas e escolhidas, tudo dirigido a criar a imagem do grande articulador e agregador.

Os resultados até aqui parecem mostrar que a engenharia política dos Garotinhos tem dado mais certo.

Os Bacellar não têm candidato na cidade que vá disputar de verdade, encolheram sua base parlamentar local, e correm o risco de eleger poucos vereadores, encolhendo ainda mais.

Esse momento ruim não é só dos Bacellar, diga-se, mas é do próprio Governador, que desde a mais tenra hora, apesar de ter se aproximado do Prefeito Wladimir, com a alocação de investimentos significativos, é verdade, sempre deixou claro que Wladimir Garotinho não era a sua aposta para a sua sucessão.

Na cidade o Governador disse: “Caminhamos com quem caminha conosco”, e “Apoiarei quem Rodrigo apoiar”.

São frases impactantes, mas desprovidas de qualquer senso prático, afinal, como cobrar fidelidade de um prefeito, quando você, como Governador, traz uma caravana para que possa brilhar o principal adversário do chefe do executivo local?

Será que o Governador imaginou que “caminhar junto” seria Wladimir Garotinho abrir mão da campanha à reeleição e apoiar a candidata delegada?

Não seria ele, como governador, que deveria construir um amplo acordo, mantendo os Bacellar dentro dos limites, já que, como ficou comprovado, a candidatura dos Bacellar por aqui não fará cócegas no atual prefeito, e pior, nem todas as candidaturas juntas, colocadas com a missão de pulverizar votos, mas que só pulverizaram o cacife eleitoral os Bacellar?

Há muito tempo o Governador tem sinalizado que não queria Wladimir como seu companheiro de jornada.

Claro que isso move as pedras do lado antagônico, e neste caso, seria injusto exigir ao Prefeito Wladimir que esperasse sentado os efeitos de ser colocado em segundo plano, ainda mais quando ele conseguiu construir uma formidável coalizão de governo, que se espalha pela região, onde sua influência tem aumentado, fato reconhecido até pelas hostes bolsonaristas, as quais Castro e Bacellar contabilizam como apoio certo.

Esse reconhecimento da força regional de Wladimir provocou uma cisão no meio da extrema-direita, quando o filho primeiro do ex-presidente entregou o PL ao Prefeito Wladimir.

Não é pouca coisa.

Ao mesmo tempo, o mesmo Prefeito Wladimir Garotinho, incensado pelo clã Bolsonaro, recebe do Governo Federal vários acenos, sob forma de investimentos graúdos, como o PAC mobilidade.

Todos sabemos que as contingências políticas levam as conjunturas para esse ou para aquele lado, e nem sempre é possível controlar todas as variáveis.

Em certo momento, parece claro que Cláudio precisou de Rodrigo, tanto quanto ao contrário, é verdade.

Não é fácil cimentar uma base política sólida tendo chegado ao poder estadual depois de um impeachment, sendo um nome quase desconhecido no cenário estadual e nacional, requisitos exigidos para governar a caixa de ressonância política e cultural (para o bem ou para o mal) do Brasil, o Rio de Janeiro.

Rodrigo Bacellar foi o que Castro tinha à mão, e cada qual deles retribuiu o que lhe foi dado, com rusgas aqui e ali, como é normal nos relacionamentos dessa envergadura.

Por outro lado, parece que faltou a ambos a grandeza de olhar para além da necessidade individual de cada um, para que agissem em bloco.

Isso evitaria que Castro tivesse que optar por afastar Wladimir Garotinho, e agora, quando vai precisar, mais do que nunca, de apoios pelo interior, corre o risco de ficar falando sozinho.

Por sua vez, se olhasse o futuro de uma perspectiva estratégica, e não apenas no curto prazo, Rodrigo Bacellar nunca teria colocado suas idiossincrasias municipais como prioridade, e nunca deveria ter encurralado o Governador a ter que escolher, tipo, ou ele ou eu.

Não se faz política com sinal de menos, política se faz com sinal de mais.

É cedo para dizer que Cláudio Castro escolheu errado as companhias com quem vai caminhar, mas, no momento, parece que ele e seu grupo de caminhada se encaminham para um beco sem saída.

  • julho 3, 2024
Ao lado do prefeito Wladimir, SubJackson lança pré-candidatura à Câmara Municipal

Ex-secretário municipal de Ordem Pública, o policial militar Jackson Sousa, o SubJackson, lançou na noite de terça-feira (2) sua pré-candidatura a vereador pelo Progressistas (PP). O evento, com a participação do prefeito Wladimir Garotinho e do deputado estadual Bruno Dauaire, lotou o Salão Multipeças, na Avenida Arthur Bernardes.


Durante a sua fala, Wladimir destacou avanços de sua gestão e elogiou a participação de Jackson no governo. “Ele foi um excelente secretário com participação efetiva desde o período da pandemia e depois no ordenamento da área central e nas ações durante os verões na praia do Farol, entre outras missões que recebeu e cumpriu com competência. A casa cheia esta noite é reflexo de seu trabalho sério e compromisso com as pessoas”, ressaltou.


Ao lado de lideranças de diversas áreas da cidade, SubJackson reafirmou que a segurança pública será uma das principais bandeiras de sua caminhada e demonstrou confiança nesse novo desafio. “Ninguém faz nada sozinho. Temos um grupo unido, com objetivos definidos. Vamos dialogar, ouvir as pessoas, trocar experiências, tudo com objetivo de fazer de Campos um município ainda melhor”, completou o ex-secretário de Ordem Pública.

  • junho 27, 2024
PT Campos dos Goytacazes, a crônica de (mais) um fim anunciado.

Por mais de uma vez foi avisado, e mesmo assim, ninguém deu ouvidos.

Quem não escuta cuidado escuta coitado.

Agora, esta semana, o PT campista anunciou que, com a impossibilidade de candidatura da deputada estadual Carla Machado (o que até as pedras do cais da Lapa já sabiam), a legenda vai se lançar em um debate interno, aberto aos não filiados, para elaborar propostas de governo.

Sabe quando não se tem mais o que fazer e criamos uma comissão, para fazermos uma assembleia, e depois elegermos uma nova comissão?

É mais ou menos isso que o PT de Campos dos Goytacazes está fazendo.

Enrolando para não dizer a todos que se encontra, mais uma vez, na posição vergonhosa de ter apostado todas as suas fichas em projetos alheios, e no fim, não restou nada ao partido, senão o desgaste.

Ao mesmo tempo, como um prêmio de consolação, ou pior dizendo, como única alternativa restante, chamou o Professor Jefferson do IFF para entrar aos 52 min do segundo tempo, quando o placar informa a derrota do PT por 12 a zero.

Não há nenhum problema em alianças, repito, o problema do PT de Campos é sua inclinação ao adesismo, sua tendência a um tipo de parasitismo político que cega qualquer chance de um projeto autônomo, ainda que pequeno e modesto.

O PT de Campos dos Goytacazes vive de olho no retrovisor, destilando ódios antigos, que se materializam na aversão à família Garotinho.

Ok, qualquer um é capaz de concordar e entender que o PT de Campos e do RJ são avessos à família Garotinho, e que haja até motivos para isso.

O que não se explica é que essa rejeição não seja capaz de dotar o partido de um projeto, ainda que seja desaconselhável fazer política tendo a interdição do outro, ou o ódio como único motor.

Nenhuma das opções petistas em Campos deu certo, e o PT daqui insiste em aliar-se a figuras que não têm a menor densidade ou condições de combater a hegemonia dos Garotinhos.

Talvez o único que pudesse, Arnaldo Vianna, quando teve o PT ao seu lado, o tratou com o desdém dedicado aos subalternos políticos, o que, de fato, o PT de Campos sempre foi.

Hoje, Arnaldo, ex-esposa Ilsan e o filho do casal, Caio estão de novo com os Garotinhos.

A opção Rafael Diniz se mostrou uma catástrofe.

A gestão de Rafael Diniz pode ser considerada a segunda pior catástrofe da história da cidade, ao lado da pandemia, como alguém já disse, em algum lugar que não me recordo.

O fato é que o PT de Campos esteve na base de apoio de um governo que desmontou todas as redes de proteção social existentes, que, ainda que paliativas, revelaram que a ausência delas, ainda mais em uma pandemia, era a condenação dos mais pobres a um martírio ainda maior.

Agora, deixando-se levar pela deputada e seus padrinhos políticos, o PT engessou-se em uma posição que não mais permite qualquer protagonismo na eleição de 2024, e periga ficar até sem vereador, já que boa parte da tática e estratégia neste sentido não pode prescindir de um palanque majoritário (candidato a prefeito, próprio ou aliado).

Com quem vai o PT de Campos agora?

Com a delegada?

Com um dos candidatos “pulverizadores” da oposição a Wladimir Garotinho?

Mesmo acreditando que a direção do PT é capaz de tudo, me recuso a acreditar nessas opções.

Seria demais até para o PT de Campos.

Vai tentar, de verdade, com Jefferson do IFF, depois de tê-lo desprezado, massacrado e humilhado?

Aparentemente, qualquer resposta terá o mesmo resultado para o PT, a saber, nenhum.

Cabe perguntar se não seria de todo ruim, já que o adesismo é a marca do petismo em Campos, que o PT assuma logo esse papel, e quem sabe, converse com quem dizem que nunca conversaram?

Orgulho com prejuízo é bobagem, dizem os mais antigos.

  • junho 26, 2024
Campanhas eleitorais e movimentos de classe: água e óleo.

Nas democracias, o direito de reivindicação de direitos é princípio constitucional, garantindo a todos os cidadãos e cidadãs a possibilidade de organizarem-se em sindicatos, associações de moradores, entidades estudantis, entidades de classes, para que possam, através de representantes eleitos e legítimos, buscarem a satisfação das demandas coletivas.

Nesta seara sempre houve um grave risco ao exercício desses direitos, que acontece quando lideranças utilizam essas organizações e entidades, e suas pautas, para alavancarem carreiras políticas pessoais ou de terceiros.

É o chamado “aparelhamento”.

“Aparelhamento” é a mistura, é o uso indevido de organizações representativas à serviço de uma agenda eleitoral e partidária.

É submeter os interesses dessas categorias ao viés eleitoral, promovendo embates com o único objetivo de desgastar o adversário político.

Vejam bem, o afastamento do indesejável “aparelhamento” não quer dizer que as lideranças ou filiados a tais entidades tenham que abrir mão de seus direitos eleitorais, ou seja, cada um, de forma individual, pode e deve participar das eleições, seja como candidato, seja como militante desta ou daquela campanha ou partido.

Porém, o “aparelhamento” é inaceitável.

Em Campos dos Goytacazes, recentemente, com a aproximação da campanha eleitoral para sucessão municipal, começaram a surgir exemplos dessa prática nefasta e ilegal.

Foi assim que a presidenta do sindicato dos servidores municipais, hoje pretendente à candidatura à prefeita pelo PT de Campos dos Goytacazes, Elaine Leão, recentemente, mobilizou alguns gatos pingados, dentre estes a maioria de estudantes, todos em horário escolar, diga-se, e sem conhecimento de pais ou, queremos crer, dos administradores escolares.

A mobilização se concentrou em frente à sede administrativa da PMCG, cuja alegação de reivindicar melhorias nas relações de trabalho dos servidores não conseguiu disfarçar a vergonhosa manipulação eleitoreira que ali se dava.

Logo ela, que conseguiu o atendimento pelo Prefeito Wladimir Garotinho da maioria esmagadora dos pedidos feitos pela categoria, coisa que nem o Governo Federal fez, governo, diga-se, do partido ao qual a moça é filiada, e quer ser candidata.

Pois bem.

Hoje a cidade foi surpreendida pela manifestação de motociclistas, trabalhadores em entregas, cujo pedido seria a remoção da pintura da pista de rolagem da Ponte Barcelos Martins.

Não se julga a natureza do pedido, que em si contém vários erros, que não foram considerados, talvez na pressa para produção “de conteúdo” para usos eleitoreiros.

A manutenção do trânsito dos veículos ciclomotores no local foi medida alternativa e provisória do Poder Executivo, enquanto não se encontrava solução definitiva para a determinação no plano viário em andamento, que reservou a ponte para o trânsito exclusivo de ciclistas.

Logo, a retirada da tinta do pavimento traria prejuízo econômico duplo: apagar o que foi licitado, empenhado e pago, para depois, ter que refazer.

Alguns diriam que as vidas em risco não tem preço, é verdade.

Por isso mesmo, caberia às lideranças dos motociclistas trabalhadores a orientação aos seus filiados para que transitem em velocidade compatível com a via, que por sua vez é compartilhada com veículos mais lentos e frágeis, as bicicletas.

Isto é: a vida de todos merece cuidado, e tais conselhos seriam uma ótima ajuda aos sobrecarregados órgãos de fiscalização, que tentam colocar dentro da lei um sem número de condutores infratores, todos os dias.

Fica ainda a pergunta: será que TODOS os motociclistas que trafegam ali, com ou sem chuva, caem?

Certamente não.

Sabemos que a reivindicação e o barulho na ponte não tem outro objetivo senão criar prejuízos eleitorais à administração municipal, justamente a que atendeu parcialmente o pleito dos reivindicadores.

Caberá a prefeitura e seus gestores o bom senso de separar as pautas justas, daqueles que as manipulam de forma ilícita.

É aquele negócio, deu a mão, agora querem os braços e o resto do corpo.

  • junho 25, 2024
As lições de Paulinho da Viola.

Se Chico Buarque é o intelectual da MPB, Paulinho da Viola é o Mestre Yoda.

Versos como:
“(…)faça como o velho marinheiro, que em meio ao nevoeiro, leva o barco devagar(…)” são de uma sabedoria milenar.

Cuidado, humildade e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, não é mesmo?

Mas ainda tem gente que insiste em ir na condição contrária.

O barco do PT de Campos dos Goytacazes naufragou, disso não restam dúvidas, e quem será que estava no comando da embarcação?

Sim, ela mesma, a “Capitã” Carla Machado, que velas aos ventos do orgulho e da arrogância, levou a caravela petista ao encontro das pedras do TSE.

Apesar de que houvesse rotas mais seguras, a “Capitã” insistiu, talvez instigada por péssimos aliados, e acreditando que haveria potes de mel e ouro no fim do arco-íris, se alimentou uma ambição desmedida para as poucas condições que reunia para navegar mares tão revoltos.

Deu no que deu.

O naufrágio da nau petista soma-se a lista de fracassos da “Capitã”.

Apesar da “Capitã” Carla Machado ter sobrevivido eleitoralmente à sua própria gestão em São João da Barra, na verdade, a cidade também afundou nos mares da pobreza.

Agora, a tripulação petista, agarrada a botes e destroços, ficou à deriva, e nem candidatura própria, e talvez, nem aliança com outras siglas.

No tabuleiro eleitoral campista, o capital político que restou ao Partido dos Trabalhadores nem corresponde ao valor que dê para “comprar uma passagem de barca na travessia Niterói-Rio de Janeiro”.

Todos terão que viajar nos porões de quem lhes der carona, descascando batatas.

Já a “Capitã” Carla Machado, como sempre faz que as coisas apertam, “deve abandonar o navio”, ou neste caso, o que restou dele.

A “Capitã” Carla Machado, sob as ordens de seus patronos políticos, junto com a direção omissa do PT/Campos, tentaram tudo, levaram nada.

Ficaram a ver navios.

  • junho 21, 2024
Cadê a autoridade?

Na noite do dia 20/06/2024, nas instalações do Automóvel Clube Fluminense, teve lugar o evento de Prestação de contas do mandato do vereador Marcos Bacellar, presidente da Câmara Municipal, e irmão do deputado estadual Rodrigo Bacellar, ele, por sua vez, Presidente da ALERJ.

Além das falas com os feitos do mandato, propostas, leis aprovadas e atuação na direção da Casa Parlamentar, deveria ser uma oportunidade para apresentar a pré-candidata Madeleine Dykeman, delegada de polícia civil, ex-titular da DEAM.

Tinha tudo para ser uma bela festa.

Não foi.

O que se viu no palco foi um desfile de grosserias e crimes, que tinha por alvos principais, a honra do Prefeito Wladimir Garotinho e de Tassiana Oliveira, sua esposa.

Os ataques não são inéditos, é verdade, mas ressurgiram como uma surpresa desagradável, que apagou o brilho daquele momento e dos seus participantes.

Desnecessário descrever o conteúdo dos vídeos que circulam pela internet, muito menos cabe nomear os que incorreram em crimes contra a honra do Prefeito e de sua esposa.

Fazer isso é dar mais alcance a esta barbárie, o que parece ser o método e objetivo final daqueles bárbaros.

Porém, uma coisa não pode passar despercebida.

A presença omissa da delegada Madeleine, que diante do cometimentos de crimes, o que fez?

Nada. Prevaricou.

Ao invés de dar voz de prisão, ou chamar alguém para que o fizesse, considerando o desconforto dela ao adotar esta providência, a delegada calou-se, e com isso, enterrou toda sua carreira de defensora das mulheres em situação de vítimas de violência.

Mas não foi só isso, que já seria muito, para quem só tem a carreira para apresentar como diferencial competitivo eleitoral, como ela mesmo diz, a “autoridade” que o exercício do cargo lhe ensinou.

A delegada Madeleine, quando se acovardou frente aos deputados que gritavam ofensas contra seu adversário e a esposa de seu adversário, desgovernou-se e mostrou-se incapaz de governar qualquer coisa.

Quando instada a responder pelos seus atos, disse que a opinião dos outros que ali estiveram não correspondia a dela, e tentou criminalizar as vítimas, o Prefeito e sua esposa, inclusive divulgado fatos sobre conflitos passados na família do Prefeito, situações que por força de seu cargo ela NUNCA PODERIA CITAR.

Falou um tipo de isso não é comigo, e você também tem culpa no cartório.

A coisa só piora, quando entendemos que não é uma questão de ter opinião ou não, ou ficar quieto quando convém.

Primeiro, e antes de tudo, delegada, dois erros não somam um acerto, então, se há algo errado na conduta do Prefeito, que seja objeto da sua censura, ok, mas o que isso a impede de cumprir seu dever legal quando crimes são cometidos NA SUA PRESENÇA.

Depois, crime contra honra não é opinião, e uma delegada não pode deixar de agir, porque quando deixa de agir, se acumplicia aos que deveria prender.

Será essa a definição de autoridade que ela quer instalar na gestão municipal?

Parece que a autoridade da delegada só é exercida de forma seletiva, contra aqueles que considera mais fracos, ou que não sejam politicamente seus aliados.

Autoridade seletiva, sabemos, é autoritarismo.

Imagine ela na presença de atos ilícitos na administração?

Será que ela irá dizer que não concorda, e vai ficar no canto dela, como fez na festa do seu padrinho político?

Nada mais resta a delegada Madeleine senão pedir para sair desse cenário horrível onde se meteu, sob pena de perder até aquilo que ela diz que mais preza, seu distintivo, já que a Corregedoria pode estar atenta ao que houve.

  • junho 5, 2024
Casa de ferreiro, espeto de pau!

Blog Diário Político

Antes de tudo e mais nada:

Qualquer pessoa, que esteja em pleno gozo de suas capacidades ambulatórias, ou seja, que não tenha em seu desfavor uma ordem de prisão ou restrição de direitos, pode fazer parte da campanha eleitoral de quem desejar.

No entanto, há situações incompatíveis com aspectos de moralidade pública exigida aos candidatos, isto é, se exige um certo cuidado com as pessoas que cercam pessoas públicas e mandatários, assim como essa cautela também é necessária para algumas categorias de servidores públicos, principalmente se pretendem concorrer às eleições.

A pré-candidata ao cargo de prefeita da cidade de Campos dos Goytacazes em 2024, a Drª Madeleine Dykeman, que foi delegada titular da DEAM local, parece não se importar com essa exigência de comportamento.

Além de ter como padrinhos políticos o clã que tem por patriarca um notório agressor verbal de mulheres, cujo legado foi transferido ao filho, que proferiu difamações contra a primeira-dama municipal, esposa do prefeito Wladimir Garotinho, a pré-candidata vai além.

Um conhecido personagem das redes sociais, que associa o seu nome ao que parece ser seu veículo predileto (“motoca”), tem em seu histórico eventos de violência doméstica, e faz parte do esforço principal da pré-campanha digital da delegada.

Como se não bastassem estas circunstâncias impróprias para uma autoridade policial especializada em violência doméstica, e que se orgulha dessa condição, na última terça-feira, dia 04/05/2024, foi preso, por porte ilegal de arma de uso proibido, outro militante da pré-campanha da delegada.

Só isso seria incômodo para a campanha, se não houvesse mais um detalhe:

O conduzido, que foi flagrado com a arma por policiais militares, com a qual ameaçou a vítima, socorrida por policiais militares, a quem ela (vítima) solicitou auxílio, também traz em sua biografia eventos de violência doméstica.

Tal estado de ânimo foi transmitido ao filho por herança genética, assim como o nome, ao qual se acrescenta Júnior.

O filho desse homem preso com a arma de uso restrito, usada para ameaçar um inimigo, tem anotação policial por violência doméstica registrada e processada na DEAM de Campos, justiça seja feita, antes da assunção da delegada pré-candidata.

A delegada, que aposta na sua narrativa de renovação e/ou de desconstrução de velhos hábitos, incorre em prática eternizada em adágio popular:

Faça o que eu falo, mas não o que eu digo.

O eleitor, ao seu lado, resmunga:

Quem se mistura com… o mesmo alimento come.

Ou, pior: diga-me com quem tu andas, e te direi quem és.