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Antes de tudo e mais nada:

Qualquer pessoa, que esteja em pleno gozo de suas capacidades ambulatórias, ou seja, que não tenha em seu desfavor uma ordem de prisão ou restrição de direitos, pode fazer parte da campanha eleitoral de quem desejar.

No entanto, há situações incompatíveis com aspectos de moralidade pública exigida aos candidatos, isto é, se exige um certo cuidado com as pessoas que cercam pessoas públicas e mandatários, assim como essa cautela também é necessária para algumas categorias de servidores públicos, principalmente se pretendem concorrer às eleições.

A pré-candidata ao cargo de prefeita da cidade de Campos dos Goytacazes em 2024, a Drª Madeleine Dykeman, que foi delegada titular da DEAM local, parece não se importar com essa exigência de comportamento.

Além de ter como padrinhos políticos o clã que tem por patriarca um notório agressor verbal de mulheres, cujo legado foi transferido ao filho, que proferiu difamações contra a primeira-dama municipal, esposa do prefeito Wladimir Garotinho, a pré-candidata vai além.

Um conhecido personagem das redes sociais, que associa o seu nome ao que parece ser seu veículo predileto (“motoca”), tem em seu histórico eventos de violência doméstica, e faz parte do esforço principal da pré-campanha digital da delegada.

Como se não bastassem estas circunstâncias impróprias para uma autoridade policial especializada em violência doméstica, e que se orgulha dessa condição, na última terça-feira, dia 04/05/2024, foi preso, por porte ilegal de arma de uso proibido, outro militante da pré-campanha da delegada.

Só isso seria incômodo para a campanha, se não houvesse mais um detalhe:

O conduzido, que foi flagrado com a arma por policiais militares, com a qual ameaçou a vítima, socorrida por policiais militares, a quem ela (vítima) solicitou auxílio, também traz em sua biografia eventos de violência doméstica.

Tal estado de ânimo foi transmitido ao filho por herança genética, assim como o nome, ao qual se acrescenta Júnior.

O filho desse homem preso com a arma de uso restrito, usada para ameaçar um inimigo, tem anotação policial por violência doméstica registrada e processada na DEAM de Campos, justiça seja feita, antes da assunção da delegada pré-candidata.

A delegada, que aposta na sua narrativa de renovação e/ou de desconstrução de velhos hábitos, incorre em prática eternizada em adágio popular:

Faça o que eu falo, mas não o que eu digo.

O eleitor, ao seu lado, resmunga:

Quem se mistura com… o mesmo alimento come.

Ou, pior: diga-me com quem tu andas, e te direi quem és.