De janeiro a setembro deste ano, o Brasil criou quase 2 milhões de oportunidades de trabalho e um setor que vem se destacando é o logístico, sendo responsável por mais de 124,1 novas vagas, um aumento de 4,6%, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O que tem potencializado o crescimento deste setor é o e-commerce, tanto no mercado nacional como no internacional. Atualmente, as compras on-line vêm ganhando cada vez mais espaço em todo o Brasil, o que contribui para o incremento deste setor. Em Campos, levando-se em consideração a massa de salários, o setor vem despontando como polo logístico respondendo por 20% da massa de salário, estando em 3º lugar no ranking.  Entre os fatores que contribuem para que Campos se destaque, estão a localização estratégica e proximidade com grandes centros industriais da região.

O economista Ranulfo Vidigal, diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, explica que, quando se quer identificar setores que impulsionam uma economia local, é natural que se tenha como parâmetros a massa salarial dos setores mais importantes de uma cidade. “Em Campos, se tem um quadro bastante interessante porque é uma cidade em que setores como saúde e serviço social são muito importantes, além da indústria de transformação, principalmente no período da safra da cana-de-açúcar, e o comércio”.

Em Campos, lideram a massa salarial, os empregados no setor público, englobando servidores municipais, estaduais e federais, seguido do contingente de empregados nas plataformas petrolíferas que moram na cidade. “O setor de logística, transporte e armazenamento, que inclui alojamentos e outros itens, responde em Campos por 20% da massa anual de salários e é praticamente o terceiro setor da economia local. O setor de construção civil, por exemplo, tem 18% da massa de salários. O setor das atividades científicas, que são os professores universitários, tem 10% da massa de salários e o de saúde, indústria e comércio tem 7%” explica o economista, acrescentando que a explicação para essa colocação é a boa média salarial praticada por esses setores em comparação com o restante da força de trabalho que atua na cidade.

O setor logístico inclui uma estrutura de espaços de armazenamento (galpões), transporte e centros de distribuição. “Para o futuro, a tendência é de mais incremento em função da localização de Campos. Além de ser cortada pelas BRs-101 e 356 e a proximidade com Macaé, polo petrolífero, e o Porto do Açu, em São João da Narra”, destaca Ranulfo. Além disso, é um setor que vem contratando diferentes faixas etárias e abrindo espaço para mulheres. No país, houve um salto na contratação de mulheres no setor, que passou de 19% para 30% este ano.

Geração de empregos em Campos – O município de Campos gerou, de janeiro a setembro deste ano, 4.844 empregos com carteira assinada, de acordo com dados divulgados pelo Caged. Na região Norte Fluminense, o município só fica atrás de Macaé, onde estão instaladas empresas ligadas ao setor petrolífero, com 6.762 empregos formais. Na região, foram 11.040 empregos e no Estado do Rio de Janeiro 139.378 empregos com carteira assinada. Entre os setores econômicos que mais geraram empregos nesse período estão Serviços (3.069), que segue liderando no município; Indústria (799); Agropecuária (584), mesmo com o fim da safra; e Construção Civil (409). O comércio teve saldo negativo de 17 vagas mas deve reagir neste fim de ano com as contratações temporárias visando às festas de fim de ano. No mês de setembro, foram geradas 178 vagas de emprego em Campos. Do total de empregos gerados este ano, 51% das vagas foram preenchidas por jovens de até 24 anos.

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes