Entre 2021 e 2024, o município de Campos criou 14.247 empregos formais, conforme dados do Novo Caged, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Somente em 2024, foram gerados 2.946 postos, tornando-se o segundo município da região Norte Fluminense com o maior número de empregos gerados, atrás apenas de Macaé, que teve 7.097 vagas, graças à presença de empresas do setor de petróleo e uma base da Petrobras. No Norte Fluminense, foram gerados 8.611 empregos formais no ano passado.
Nos principais setores da economia, Campos se destaca no setor de Serviços, com a criação de 2.249 vagas formais; seguido pela Indústria, com 245; Construção Civil, com 228; Comércio, com 176; e Agropecuária, com 48. Em 2024, o município apresentou saldo negativo de empregos apenas nos meses de julho, outubro e dezembro. Os meses com maior geração de empregos foram maio, com 1.699 vagas, e junho, com 1.025.
O economista Ranulfo Vidigal, diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, destaca que Campos, como centro de Serviços, representa 34% dos empregos formais gerados em toda a região Norte Fluminense. “Outro aspecto importante é que, ao final de sua primeira gestão, o prefeito Wladimir terá gerado mais de 14 mil vagas formais, contrastando com os quatro anos anteriores à sua administração, quando houve uma perda de 2.448 postos de trabalho”, afirmou.
Ranulfo esclarece que no último trimestre do ano, principalmente no mês de dezembro, as cidades médias brasileiras não apresentaram bons resultados na geração de emprego, um reflexo também do cenário nacional com juros e dólar altos. No Brasil, o saldo foi negativo em 535.547 vagas; o Rio de Janeiro com menos 17.125 vagas de trabalho e o Norte Fluminense com saldo unegativo de 906 empregos o que, consequentemente, representa saldo negativo dos municípios, como Campos (- 614) e Macaé (-127).
“Os juros altos tiram a probabilidade de as pequenas empresas aderirem a créditos para expandir seus negócios. Por outro lado, esse crédito caro também reduz o poder de compra de pessoas físicas que estão fortemente endividadas com cartão de crédito e empréstimos consignados, portanto, a taxa de juros tem forte influência na geração de empregos em cidades médias e, em Campos, não está sendo diferente e, nesse último trimestre, o comportamento da região e do país mostrou isso. O dólar caro está impactando o custo de vida, principalmente na questão dos alimentos e da cesta básica, reduzindo o poder de compra dos consumidores e, consequentemente, desacelerando a economia”, esclarece o economista.
Desafios e fatos positivos — Ele ressalta, ainda, os desafios que terão que ser enfrentados no início do ano e destaca os fatores positivos. “O primeiro semestre será desafiador no sentido de alargar as parcerias do governo municipal para captar dinheiro novo, principalmente, das emendas federais para impulsionar as parcerias e os investimentos.
Como ponto positivo, nós temos os anúncios da recuperação da produção petrolífera da Bacia de Campos e a próxima safra agrícola, que, com esse volume de chuva, deve redundar em boa produtividade do ciclo canavieiro, permitindo uma boa safra e a geração de empregos formais no setor a partir de abril”.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes