A eleição municipal deste ano tem nos reservado cenas dignas dos épicos de Hollywood, com intrigas, ameaças, e traições, muitas traições.

O roteiro é sempre o mesmo, o sujeito jura lealdade a alguém, faz todos os movimentos nesse sentido, e quando chega a hora, deixa o aliado pendurado na brocha, tirando a escada embaixo dos pés do pobre.

Foi mais ou menos o que fez o deputado Thiago Rangel com o seu correligionário, e até então “parça”, o vereador Raphael de Thuin, que seria candidato a vice-prefeito na chapa de Thiago, que depois desistiu de ser o candidato cabeça de chapa, disse que apoiaria Thuin, e essa semana, mudou de opinião, passou a “estudar” as propostas da Delegada Madeleine e do, até então, desafeto Wladimir Garotinho.

Pois bem, eis que o moço “bateu o martelo” pela Delegada’.

Nada demais, isso é comum, dizem os especialistas de campanhas eleitorais.

Sim, seria comum se estas mudanças não revelassem um histórico de inconstância tamanha do deputado, que se eu fosse o mais novo aliado dele, colocava as minhas barbas de molho, tamanho o risco de tê-lo por perto.

A História nos ensina que pessoas muito poderosas costumam atrair tais conspiradores perigosos.

Reis, presidentes, papas, etc foram vítimas daqueles que se mostravam sempre solícitos, ao mesmo tempo que não hesitavam em mudar de lado.

Até os antigos romanos, “donos do mundo” conhecido sabiam disso.

Afinal, César foi esfaqueado pelo seu parente mais próximo no Senado, que eternizou a célebre frase: “Até tu Brutus?”.