O Rio de Janeiro teve nesta terça-feira (13) a madrugada mais fria em 13 anos. Às 6h, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 8,3ºC em Jacarepaguá, na Zona Oeste. O mar ainda está de ressaca, com ondas de até 4 metros.
A cidade não tinha uma madrugada tão gelada desde 9 de julho de 2011, quando a mínima foi de 8,1°C.
Por conta da ressaca, bombeiros do quartel de Copacabana e agentes do Grupamento Aéreo foram acionados, por volta das 9h30, para socorrer uma pessoa que estava se afogando na Praia do Leme. A vítima foi levada em estado grave para o Hospital Miguel Couto, no Leblon.
No Leblon, a ressaca provocou a interdição da pista da Avenida Delfim Moreira, sentido Ipanema, na altura do posto 11.
Máxima deve chegar a 21°C
Ao longo do dia, as temperaturas sobem aos poucos, mas a máxima não deve passar de 21°C na capital. Não há previsão de chuva para nenhuma região do estado.
A quarta-feira (14) também começa bem gelada, e novamente há possibilidade de recorde de frio na madrugada. A máxima sobe para 25°C na capital.
Vai esquentar
Um sistema de alta pressão vai favorecer o tempo estável em todo o RJ no restante da semana, favorecendo a redução da nebulosidade e a elevação das temperaturas a cada dia, chegando aos 31°C na capital no sábado (17). Os dias começam com névoa em alguns pontos, mas aos poucos o sol aparece com mais força.
Apesar de a ressaca terminar na noite de quarta-feira, o mar vai continuar agitado pelo menos até quinta-feira (15).
Recorde em outros cantos do RJ
Outras cidades também tiveram a menor temperatura de 2024, segundo o Inmet:
- Niterói: 13,5°C
- Seropédica: 9,3°C
- Duque de Caxias (Xerém): 9,1°C
- Paraty: 9,1°C
- Três Rios: 7,8°C
- Carmo: 6,8°C
- Valença: 6,3°C
- Rio Claro: 5,8°C
Por que está tão frio?
Um ciclone extratropical formado em alto mar no fim da semana favorece o avanço do ar polar pelo país, segundo a Climatempo.
Os ciclones extratropicais são sistemas de baixa pressão atmosférica — regiões causadoras de tempo adverso em grande escala — que surgem normalmente em latitudes médias. Eles são formados pelo contraste de temperaturas de diferentes massas de ar (quente e fria).
Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, comenta que o ciclone está afastado no mar, na direção do Rio Grande do Sul, mas mesmo distante acaba jogando o ar frio para o Centro-Sul do país.
Apesar disso, como o choque térmico não foi tão intenso, uma vez que o tempo já estava frio, não houve a formação de grandes nuvens de chuva.
“A gente fala que é uma frente fria seca, porque não provoca chuva, mas acaba reforçando o frio dos últimos dias”, explicou.
Fonte: G1