Em 2024, Campos experimentou um crescimento em sua capacidade de geração de energia solar fotovoltaica, com quase 3 mil novos sistemas conectados à rede pública da concessionária de energia local. Esse desempenho contribuiu para que o município mantivesse, desde 2021, a segunda posição no ranking estadual de maior produtor de energia solar, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Petróleo, Energia e Inovação, a potência total dos módulos fotovoltaicos instalados na cidade atingiu 90.029 kWpico, com 14.088 instalações conectadas. Só em 2024, a cidade registrou um acréscimo de 20.013 kWpico na potência instalada e 2.944 novos sistemas foram conectados à rede elétrica da distribuidora de energia local.

“O planejamento energético municipal tem como fundamentos a geração descentralizada de fontes renováveis, o uso racional da energia e a participação da sociedade na formulação, implementação e monitoramento das políticas energéticas locais. Essas iniciativas não só ajudam a reduzir os custos com energia, mas também contribuem para uma transição energética justa, inclusiva, participativa e voltada para a comunidade local”, destacou o secretário de Petróleo, Energia e Inovação, Marcelo Neves.

Neves também comentou os benefícios obtidos com o desempenho do município, como a diminuição dos custos das tarifas de energia e a criação de empregos. “De maneira geral, os consumidores que optaram por instalar sistemas fotovoltaicos ‘on grid’ com compensação tarifária estão experimentando uma redução significativa nas tarifas de energia. Além disso, estão protegidos contra os efeitos de aumentos tarifários e reajustes inflacionários”, afirmou.

Quanto à geração de empregos, os dados indicam que os 2.944 novos sistemas instalados criaram, inicialmente, oportunidades para 5.888 profissionais especializados.

Além disso, a adoção da energia solar fotovoltaica traz benefícios para a coletividade. “Uma vantagem coletiva é que os sistemas de geração distribuída ajudam a aliviar as sobrecargas nas linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional, evitando a necessidade de investimentos em melhorias na rede elétrica, cujos custos seriam repassados aos consumidores”, explicou Neves, acrescentando que à medida que mais sistemas solares são implementados, a população começa a adotar práticas de consumo mais conscientes.

Embora a cidade tenha uma grande extensão territorial e uma área predominantemente plana, o que facilita a instalação de novos sistemas, o alto custo cobrado pela concessionária Enel para o acesso à rede elétrica representa um obstáculo significativo para os investimentos. “Esse fator tem afastado investimentos importantes que estavam inicialmente previstos, negociados, mas que foram abandonados devido a esse custo elevado. Em alguns casos, o custo de acesso à rede chegou a ser maior que o valor dos materiais e equipamentos necessários para a instalação dos sistemas”, concluiu o secretário.

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes